Dragão de jade de 5 mil anos é escavado em sepultura na China

outubro 14, 2024
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Dragão de jade de 5 mil anos é escavado em sepultura na China


Os pesquisadores descobriram um artefato com aproximadamente cinco mil anos dentro de uma tumba circular na China. Segundo a agência de notícias estadual Xinhuao objeto é o maior dragão de jade já encontrado, medindo 15,8 por 9,5 centímetros.

Além deste objeto, os arqueólogos localizaram restos humanos e uma grande quantidade de cerâmica, incluindo xícaras, bacias e potes em formato de tripé.

O dragão de jade é uma peça esculpida com formas zoomórficas, apresentando corpo alongado, semelhante ao de uma cobra, e cabeça de porco. Este tipo de esculturas são obras representativas da cultura Hongshan, uma civilização neolítica que habitou a região da Mongólia Interior.

Esta combinação de fotos sem data mostra um dragão de jade desenterrado de uma tumba de pedra na cidade de Chifeng, na Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China. Crédito: Xinhua

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A escultura pode não ser um dragão

O túmulo onde o artefato foi encontrado está localizado na cidade de Chifeng e pode ter sido construído no auge da cultura Hongshan, conhecida pelo desenvolvimento agrícola, pelo desenvolvimento das grandes cidades e pela produção de objetos feitos a partir do jade.

Gideon Shelach-Lavi, professor de Estudos do Leste Asiático na Universidade Hebraica de Jerusalém, destaca que a descoberta, embora importante, não é totalmente única. Ele explicou que artefatos de jade de tamanho semelhante foram encontrados em outras escavações associadas a esta mesma cultura.

Em entrevista ao site Ciência VivaShelach-Lavi, líder da equipe responsável pela recente descoberta, explicou que o verdadeiro significado dessas relíquias ainda é incerto. Segundo ele, chamá-los de “dragões” pode ser um equívoco. “Não sabemos realmente qual era o significado deles naquela época, então chamá-los de ‘dragões’ é anacrônico.”

Equipe de arqueólogos trabalhando em uma tumba de pedra na cidade de Chifeng, na Mongólia Interior, norte da China. Crédito: Xinhua

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A equipe descobriu ainda que o local onde a peça foi encontrada tem uma função que vai além de uma simples sepultura. Segundo o estudo, trata-se de uma estrutura ritualística, com tumbas de indivíduos específicos.

Shelach-Lavi observou que sítios semelhantes já foram descobertos em Niuheliang, outra área arqueológica ligada à cultura Hongshan, sugerindo a existência de práticas rituais complexas na organização social desta antiga civilização.





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