Satélite da NASA mostra antes e depois do apagão em São Paulo

outubro 14, 2024
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Satélite da NASA mostra antes e depois do apagão em São Paulo


O apagão que atingiu o Estado de São Paulo na última sexta-feira (11) foi registrado do espaço pelo satélite da NASA. As imagens, processadas pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis), mostraram a cidade antes e depois do temporal e a falta de energia nos dias seguintes. Nesta segunda-feira (14), mais de meio milhão de residências continuam sem luz.

Satélite da NASA registrou imagens antes e depois do apagão

A tempestade que atingiu São Paulo na sexta-feira (11) foi seguida de um apagão que já dura mais de três dias. O satélite da Nasa capturou imagens que mostram a região antes das chuvas, com picos luminosos na capital. Olhar:

Imagem de satélite antes do apagão (Imagem: Divulgação/Lapis)

No dia seguinte (12), quando o apagão cortou o fornecimento de energia para cerca de 1,5 milhão de pessoas, a região e seu entorno apareceram com pouca luz, com algumas partes completamente escuras. Olhar:

Imagem de satélite do primeiro dia do apagão em São Paulo (Imagem: Divulgação/Lapis)

No domingo (13), a energia começou a voltar para algumas casas, mas áreas inteiras permaneceram às escuras. De acordo com o LápisOs registros de satélite da NASA mostram que as áreas periféricas foram as mais afetadas. Olhar:

Imagem de satélite do segundo dia de apagão, com energia restabelecida em algumas áreas (Imagem: Divulgação/Lapis)

O que causou a tempestade em São Paulo?

Segundo Humberto Barbosa, meteorologista do Lapis, a tempestade foi um fenômeno atípico, com a combinação de uma intensa corrente de jato de baixa altitude (ou ar frio descendente) com uma frente fria em São Paulo (SP) e áreas da Região Metropolitana. Isso resultou na formação de uma tempestade de formato curvo, causando rajadas de vento intensas e muito destrutivas.

Entre a frente fria e o jato de baixa altitude, algo semelhante a um microciclone (mas não era um ciclone, era o núcleo de uma forte tempestade) formou-se perto da costa.

Humberto Barbosa, meteorologista do Lapis

Barbosa destacou ainda que a imagem de satélite da NASA do dia 11 de outubro registrou a tempestade por volta das 19h (horário de Brasília), quando se movia para leste. Quando atingiu o estágio maduro, o ar frio descendente criou as rajadas de vento.

Para ele, o motivo exato que causou o evento climático precisa ser analisado, mas pode estar relacionado à umidade atmosférica e aos sistemas de baixa pressão. No primeiro caso, as alterações climáticas têm influência, mas requerem um estudo mais aprofundado para compreender o seu impacto.

Tempestade em São Paulo deixou cerca de 1,5 milhão de residências sem energia (Imagem: Cris Faga/Shutterstock)

Leia mais:

Qual a situação do apagão em São Paulo?

  • São Paulo está no terceiro dia de apagão, com mais de 530 mil residências e estabelecimentos comerciais sem luz;
  • Desse número, são mais de 35 mil clientes sem energia elétrica só na capital paulista. Cotia (36,9 mil), Taboão da Serra (32,7 mil) e São Bernardo do Campo (28,1 mil) também aguardam resolução do problema;
  • A Enel, concessionária responsável pelo serviço, não estabeleceu prazo para normalização do atendimento ao cliente. Além disso, afirmou que a restauração dos sistemas elétricos em algumas localidades “é mais complexa, pois envolve a reconstrução de troços inteiros da rede”;
  • Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (14), a empresa tem três dias para restabelecer a energia elétrica em São Paulo;
  • Segundo O GloboSilveira anunciou a criação de uma força-tarefa para auxiliar na manutenção, além de punir a empresa.





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