Viagens ao espaço custam a partir de R$1 milhão; confira preços

outubro 24, 2024
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Viagens ao espaço custam a partir de R milhão; confira preços


Nesta quinta-feira (24), durante transmissão ao vivo, a startup Deep Blue Aerospace, da China, vendeu imediatamente duas passagens para um voo ao espaço previsto para 2027. E cada assento custou mais de um milhão de reais.

De acordo com o site chinês Tempos Globaiso voo suborbital será realizado a bordo de uma espaçonave lançada pelo foguete reutilizável Nebula-1, desenvolvido pela própria empresa.

A viagem promete levar os passageiros a uma altitude entre 100 e 150 km, permitindo-lhes cruzar a Linha Kármán, marco internacionalmente consagrado como o início do espaço. A duração do passeio será em torno de 12 minutos, com pelo menos cinco minutos de ausência de peso.

Embora 1,5 milhão de yuans (cerca de R$ 1,2 milhão) pareça um preço muito alto, esse valor representa menos da metade do cobrado pela concorrente Virgin Galactic, que oferece voos semelhantes por 450 mil dólares (mais de R$ 2,5 milhões). Veja outras opções abaixo.

Voo de teste do foguete Nebula-1 lançado no deserto de Gobi em 22 de setembro de 2024. Crédito: Deep Blue Aerospace

Identidades dos compradores não foram reveladas

Para participar do evento online, os interessados ​​pagaram um depósito de 50 mil yuans (quase R$ 40 mil). Somente pessoas entre 18 e 60 anos e com boa saúde, que não tiveram suas identidades reveladas, puderam se cadastrar.

Antes do embarque, os passageiros terão que passar por avaliações médicas rigorosas, pois a experiência pode ser arriscada para quem sofre de problemas de saúde, como problemas cardíacos ou epilepsia. A empresa garante que o retorno à Terra será feito com segurança, por meio de um sistema de paraquedas instalado na espaçonave.

Além da ausência de gravidade, os passageiros terão a oportunidade de observar o espaço e a Terra numa perspetiva única, numa viagem que a empresa descreve como uma experiência imersiva e memorável – “mais do que uma simples excursão espacial, oferecendo uma viagem que liga passageiros do mistério e da vastidão do Universo.”

Membros da missão Polaris Dawn, o mais recente voo comercial da SpaceX, cujos assentos custam centenas de milhões de dólares, segundo estimativas. Crédito: John Kraus/Polaris/Divulgação

O anúncio despertou grande interesse nas redes sociais, com reações divididas. Enquanto alguns manifestaram entusiasmo com a oportunidade de viajar para o espaço, outros questionaram a segurança do voo e manifestaram preocupação com o elevado custo, que restringe a experiência aos mais ricos.

Durante o ao vivorepresentantes da Deep Blue Aerospace explicaram que a venda antecipada de três anos foi planejada devido à complexidade do desenvolvimento da tecnologia de foguetes reutilizáveis, e que o período será utilizado para garantir que todos os testes e ajustes necessários sejam realizados, garantindo a segurança dos voos.

O CEO da empresa, Huo Liang, argumentou que, embora o turismo espacial ainda seja caro, a tendência é que os custos diminuam à medida que a tecnologia avança.

Em setembro, a Deep Blue Aerospace conduziu um teste de recuperação vertical em alta altitude da Nebulosa-1, marcando um avanço importante, apesar dos problemas técnicos no pouso. Um novo teste está previsto para novembro, e a empresa espera realizar o voo orbital com recuperação completa da Nebulosa-1 no início de 2025.

Leia mais:

Quanto cada empresa cobra para levar turistas ao espaço

A SpaceX já realizou algumas missões comerciais ao espaço, como a Ax-1, com cada assento custando cerca de R$ 300 milhões, e a Polaris Dawn, cujo preço não foi divulgado, mas estimado em centenas de milhões de dólares. Esses voos são mais caros, pois duram mais e alcançam distâncias maiores, ao contrário das opções mais “acessíveis” da Blue Origin, de Jeff Bezos (10 minutos de duração), e da Virgin Galactic, de Richard Branson, (que dura quase 15 minutos). .

Em 2021, a Blue Origin leiloou uma passagem para seu primeiro voo tripulado por US$ 28 milhões (R$ 150 milhões), mas o comprador desistiu e foi substituído por um estudante de 18 anos. Um ano depois, o preço caiu e dois ingressos foram vendidos por US$ 1,25 milhão (R$ 6,8 milhões) cada.

A Virgin Galactic cobra aproximadamente US$ 600 mil (R$ 3,2 milhões) por passagem. Quando as vendas começaram, há 20 anos, o valor era bem mais “acessível”: US$ 200 mil (R$ 1 milhão).

Embora as viagens espaciais ainda sejam um privilégio para poucos, muitos entusiastas frequentam os locais de lançamento. A NASA oferece pacotes turísticos para assistir às decolagens do Cabo Canaveral, na Flórida, cujos eventos podem ser encontrados no site do Centro Espacial Kennedy.





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