A Agência Espacial Europeia (ESA) realizou com sucesso a primeira ativação dos Juventas e Milani CubeSats, pequenos satélites que acompanham a missão de defesa planetária Hera, destinada ao asteroide Dimorphos. Os CubeSats, actualmente armazenados na nau capitânia, enviaram sinais confirmando o funcionamento nominal dos seus sistemas e marcaram o início das operações da ESA com CubeSats em missões no espaço profundo.
CubeSats são pequenos satélites em formato de cubo desenvolvidos com padrões modulares que permitem customização para diferentes missões espaciais. Eles foram inicialmente projetados para missões educacionais e científicas de baixo custo, mas, com o avanço da tecnologia, também passaram a ser utilizados para missões complexas, incluindo exploração interplanetária e monitoramento ambiental.
A estrutura compacta e padronizada dos CubeSats facilita múltiplos lançamentos e permite que sejam transportados como cargas secundárias em foguetes maiores, reduzindo significativamente os custos de envio ao espaço.
Esta activação é um passo significativo para a ESA, uma vez que testa pela primeira vez a viabilidade de operar CubeSats numa missão interplanetária. Segundo Franco Perez Lissi, engenheiro do CubeSats em Hera, os testes iniciais consistiram em verificações de ativação e verificações de sistema, essenciais para o futuro funcionamento dos satélites quando estiverem em operação autônoma no espaço.
Primeiros testes e ativações de CubeSats
Cada CubeSat foi ativado por cerca de uma hora de sessões ao vivo para um teste operacional inicial chamado “Você está vivo?” e “verificação de armazenamento”, conforme detalhado por Franco Perez Lissi, engenheiro do CubeSat para a missão Hera. Nesse processo foram acionados sistemas como os aviônicos, instrumentos e rodas de reação dos CubeSats, componentes essenciais para controlar a atitude dos satélites quando estão em vôo livre.
Esses pequenos satélites foram lançados no dia 7 de outubro a bordo da missão Hera, com destino ao asteroide Dimorphos — primeiro corpo do Sistema Solar a ter sua órbita alterada pela ação humana, por meio do impacto da sonda DART da NASA em 2022. Os CubeSats estão armazenados atualmente. em compartimentos específicos do navio e realizará operações adicionais e mais arriscadas do que o navio principal.
Juventas e Milani: missões diferentes
- O CubeSat Juventas, produzido pela GOMspace em Luxemburgo, realizará o primeiro levantamento de radar dentro de um asteroide.
- A Milani, criada pela Tyvak International na Itália, será responsável pela prospecção mineral multiespectral de Dimorphos.
- As ativações iniciais ocorreram com o Juventas sendo ativado a 4 milhões de quilômetros da Terra em 17 de outubro, enquanto o Milani foi ativado em 24 de outubro, a 7,9 milhões de quilômetros de distância.
- Devido às distâncias, o atraso de comunicação chegou a 32,6 segundos para Juventas e 52 segundos para Milani.

Centro de Controle e Infraestrutura de Comunicação
O centro de operações da missão Hera, localizado no Centro de Controlo da ESA em Darmstadt, Alemanha, coordenou a transmissão de dados e a monitorização de telemetria, o que envolveu uma complexa rede de controlo com o Centro Europeu de Segurança e Educação Espacial (ESEC). ) em Redu, Bélgica. Esse processo foi essencial para validar a estrutura de comunicação e garantir o sucesso das próximas operações, segundo Sylvain Lodiot, gerente de operações da Hera.

Andrea Zanotti, engenheiro-chefe da Milani, destacou que o Milani CubeSat não sofreu reinicializações ou picos anormais de corrente ou tensão, resistindo às duras condições do espaço profundo. Camiel Plevier, engenheiro-chefe da Juventas, também destacou que, após uma semana de lançamento, a bateria do CubeSats manteve uma carga elevada, mesmo em temperaturas de 5 °C.
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Futuro da missão e projeções para o lançamento dos CubeSats
Juventas e Milani permanecerão nos compartimentos de armazenamento até o final de 2026, quando serão lançados na órbita de Dimorphos em baixíssima velocidade para evitar que escapem da gravidade do asteroide, que tem tamanho semelhante à Grande Pirâmide de Gizé.
Franco Perez Lissi reforça que a ativação dos CubeSats representa um avanço importante para a ESA e seus parceiros industriais, abrindo portas para futuras missões com pequenas naves auxiliares, como a missão Ramses e o Comet Interceptor, ambos projetos de defesa planetária.
A partir de agora, os CubeSats serão ativados a cada dois meses durante a fase de cruzeiro da missão Hera, realizando operações de rotina como verificações de sistemas, condicionamento de baterias e atualizações de software.
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