Tudo sobre China
Após mais de dois anos de operação, a estação espacial chinesa Tiangong está pronta para um atualizar. A intenção foi sinalizada nos últimos dias por Li Ming, presidente do Comitê de Ciência e Tecnologia da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, durante o Congresso Astronáutico Internacional em Milão, na Itália.
O governo do presidente Xi Jinping tem aumentado os gastos em projetos espaciais nos últimos anos. A China já investiu bilhões de dólares no setor, com dois objetivos principais: alcançar os EUA e a Rússia e levar taikonautas (astronautas chineses) à Lua até 2030.
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A atualização da Tiangong é uma parte importante desses planos. Segundo Li, as mudanças na estação ocorrerão em etapas. A primeira será aumentar a estrutura central do Tianhe com mais módulos.
Atualmente, Tiangong tem o formato da letra T. Com as mudanças, a ideia é que a estação espacial fique mais parecida com uma cruz – ou o que os chineses chamam de “duplo-T”. Isso permitiria à agência ampliar a escala das operações a bordo.
Outro plano é desenvolver uma “nave espacial renovável”, que possa ser reutilizada diversas vezes e que envie astronautas tanto para Tiangong (na órbita baixa da Terra) quanto para a Lua. Enviar humanos à Lua, como mencionado, é um dos principais objetivos da Agência Espacial Tripulada da China (CMSA).
Sucessor da ISS?
- A estação espacial chinesa ganhará ainda mais importância com a aposentadoria da Estação Espacial Internacional (ISS);
- A ISS deverá cessar as suas atividades em janeiro de 2031;
- A partir dessa data, Tiangong poderá se tornar a única estação espacial em órbita baixa da Terra;
- Isto porque nem a NASA, nem a Roscosmos (agência espacial russa), nem qualquer outra pessoa manifestou até agora planos para manter tal estrutura no espaço;
- Algumas empresas privadas, como Axiomadeve preencher esta lacuna;
- Mas a China poderá tornar-se o único país com este tipo de vantagem daqui a seis anos;
- Li Ming indicou que Pequim já está se movimentando para tirar vantagem desta posição estratégica;
- Disse que o país pretende expandir a cooperação internacional, tanto em termos de experiências científicas como de tripulação;
- A Tiangong deverá operar por mais de 10 anos, o que significa que tem potencial para ir além de 2034.
“Estamos agora prontos para receber astronautas internacionais para se juntarem ao programa da estação espacial chinesa, com base no princípio do respeito mútuo, benefício mútuo, inclusão e igualdade”, disse o executivo.
China pretende estabelecer parcerias
A China também planeja obter vantagens estratégicas com um supertelescópio espacial que deverá orbitar ao lado de Tiangong. Chamado de Xuntian, este observatório será um pouco menor que o Hubble. A promessa, porém, é que seu campo de visão seja 300 vezes maior que o dos equipamentos da NASA.
Xuntian terá o tamanho de um ônibus e terá um espelho primário medindo dois metros de diâmetro. Sua gigantesca capacidade será excelente para a realização de extensas pesquisas espaciais. E, ao orbitar ao lado de Tiangong, será capaz de atracar facilmente na estação espacial para quaisquer reparos, manutenção ou atualizações.
De acordo com Pequim, o Xuntian irá escanear e mapear cerca de 40% dos céus durante sua vida útil planejada de 10 anos, usando sua câmera de 2,5 bilhões de pixels.
A China disse estar aberta a parcerias e negociações envolvendo o seu futuro e poderoso telescópio. As informações são de espaço.
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