Peça de 1.200 anos tem marca de gato “amassando pãozinho”

outubro 30, 2024
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Peça de 1.200 anos tem marca de gato “amassando pãozinho”


Arqueólogos em Jerusalém, Israel, encontraram um fragmento de um frasco de cerâmica de 1.200 anos marcado por uma pegada de gato – possível evidência mais antiga do comportamento felino conhecido como “amassar pão”.

Segundo Shimon Gibson, arqueólogo da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, que coordenou a escavação, a pegada, encontrada numa escavação no Monte Sião, sugere que um gato pressionou as patas na argila fresca enquanto o jarro secava ao sol. , imprimindo garras visíveis. na superfície úmida.

Um pequeno gato “amassou pão” no barro que estava secando há cerca de 1.200 anos em Jerusalém, deixando o registro mais antigo de marcas desse comportamento felino. Crédito: Shimon Gibson/Expedição Monte Sião

Para o site Ciência VivaGibson revelou que a descoberta ocorreu depois que a diretora do laboratório, Gretchen Cotter, notou as marcas incomuns no fragmento durante a análise pós-escavação. “O gato provavelmente se deitou na beirada da jarra, talvez para aproveitar o sol.”

A pegada mede cerca de três centímetros de largura, com marcas nítidas de garras, indicando uma ação ativa do animal, semelhante a amassar, ao invés de apenas um golpe rápido.

Por que os gatos amassam superfícies “fofas”

Esse tipo de comportamento, em que os gatos pressionam as patas sobre uma superfície, remonta aos primeiros momentos da vida felina, quando estimulam o leite materno. Já adultos, amassam principalmente pelo conforto, associando o gesto à segurança e ao bem-estar, e também como forma de marcar território com o seu cheiro.

A cerâmica, que teria sido utilizada para transportar água, vinho ou óleo, remonta ao período Abássida, quando Jerusalém fazia parte do Califado Abássida (750 a 1258 d.C.), época marcada pela coexistência de culturas islâmicas, judaicas e cristãs. comunidades e pela valorização dos gatos na cultura islâmica.

Gibson lembra que os gatos aparecem em textos islâmicos antigos, incluindo a literatura Hadith, e que o profeta Maomé tinha uma afeição conhecida por estes animais.

As marcas na cerâmica antiga variam, mas geralmente são impressões de pássaros, plantas e especialmente impressões digitais. No entanto, gravar garras como essa é único, segundo Gibson. “As pegadas são abundantes, mas não com evidências de garras e amassados.”

O ato de amassar é a busca do gato por conforto, lembrando o gesto que faziam quando filhotes para estimular o leite materno. Crédito: Bellena – Shutterstock

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Durante as escavações, os arqueólogos identificaram também diversas impressões digitais, possivelmente deixadas pelos filhos do oleiro enquanto ajudavam na produção, prática comum nas oficinas de cerâmica da época.

O fragmento da pegada felina, que será enviado às autoridades israelitas para avaliação e preservação, acrescenta uma dimensão curiosa à vida quotidiana na Jerusalém da era Abássida, oferecendo um vislumbre das interacções entre humanos e animais na região há mais de mil anos.





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