No dia 31 de outubro, enquanto alguns países ao redor do mundo celebram o Halloween, a astronomia celebra o Dia Internacional da Matéria Escura – uma oportunidade para cientistas de todo o mundo compartilharem com o público informações sobre este um dos grandes enigmas do cosmos.
Neste dia, desde 2017, mais de 350 ações globais, regionais e locais foram realizadas por instituições e indivíduos que procuram envolver o público em discussões sobre o que já sabemos sobre a matéria escura e as muitas experiências que procuram resolver os seus mistérios – de acordo com o Colaboração de interaçõesuma comunidade internacional de especialistas em comunicação em física de partículas que patrocina o evento.
Para tentar compreender este enigma, imagine uma “caixa” que contém tudo o que existe no Universo observável: átomos, moléculas, planetas, estrelas, buracos negros e galáxias. Surpreendentemente, esta “caixa” representaria apenas 5% do cosmos. Os outros 95% estão divididos entre energia escura e matéria escura, sendo que a primeira corresponde a 70% do Universo, enquanto a segunda representa cerca de 25%.
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A escolha desta data para esta celebração está intimamente relacionada com a festa do Halloween, que traz à tona a ideia de mistério e invisibilidade. O lema de 2024, “Caça-Fantasmas Cósmicos – Todos Amam um Mistério”, refere-se àqueles que se dedicam a decifrar este segredo universal. Embora não tenha sido detectada diretamente, a matéria escura é considerada essencial para explicar fenômenos astrofísicos, como a rotação das galáxias.
Desde a década de 1930, evidências indicam a presença de uma forma de matéria que não emite luz, levando à conclusão de que deve haver matéria “oculta”, cuja existência é revelada apenas pela sua interação gravitacional. Atualmente, cerca de 40 experiências em todo o mundo procuram sinais desta substância enigmática, com a esperança de que avanços significativos sejam feitos nos próximos cinco a dez anos.
Dentre os possíveis candidatos, destacam-se partículas conhecidas como Wimps (Weakly Interacting Massive Particles) e áxions. Acredita-se que a matéria escura possa incluir diferentes tipos de partículas, formando um “setor escuro” ainda não explorado. Ao mesmo tempo, a energia escura também permanece um enigma, possivelmente relacionado com a “constante cosmológica” proposta por Albert Einstein.
Esses mistérios impulsionam cientistas de todo o mundo, inclusive brasileiros, na busca por respostas que possam transformar nossa compreensão do Universo.
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