Uma grande curiosidade que acontece quando uma estrela explode em uma supernova não envolve apenas a enorme quantidade de energia que faz parte do processo, mas principalmente a criação de elementos pesados que encontramos na Terra, como o ferro.
No fundo do mar, existem duas acumulações de isótopos de ferro (Fe60) que os cientistas identificaram como provenientes de sedimentos que existem há muito tempo. A primeira, por exemplo, data de cerca de dois ou três milhões de anos; a segunda, de cerca de cinco a seis milhões de anos atrás.
Também vale a pena mencionar aqui que os isótopos de ferro comuns encontrados e estáveis na Terra são o Fe-54, 57 e 58.
Além do ferro, a energia da explosão também libera radiação, que pode afetar a vida no planeta.
Supernova próxima impactou a vida na Terra
Em um pesquisa recente enviado para Cartas de diários astrofísicosos cientistas investigam a energia que chegou à Terra a partir deste tipo de explosão e exploram como esta radiação pode ter influenciado a vida aqui.
Segundo os autores, a radiação cósmica e a radiação como a conhecemos são diferentes. A radiação das centrais nucleares, por exemplo, dissipa-se ao longo do tempo – não importa quanto tempo demore milhares de milhões de anos. A radiação cósmica permanece.
“A vida na Terra está em constante evolução sob exposição contínua a radiações ionizantes de origem terrestre e cósmica”, afirma o artigo, cuja principal autora é Caitlyn Nojiri, astrofísica da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz.
Ainda segundo o estudo, a quantidade de radiação cósmica à qual a Terra está exposta varia de acordo com o movimento do Sistema Solar pela galáxia.
“A atividade de supernovas (SN) próximas tem o potencial de aumentar os níveis de radiação na superfície da Terra em várias ordens de magnitude, o que se espera que tenha um impacto profundo na evolução da vida”, escreveram os investigadores.
Voltando à questão do ferro, as acumulações de isótopos de há dois milhões de anos provêm de uma explosão de supernova. A acumulação mais antiga, com cerca de cinco milhões de anos, surgiu numa altura em que a Terra passava por uma “bolha”.
“Bolha” é uma região que se forma com vento e gás quente após a explosão de um tipo específico de estrela quente e massiva chamada estrela OB. Essas estrelas geralmente vêm em grupos e têm vida curta.
O Sistema Solar está dentro de uma dessas bolhas criadas por uma estrela OB. Chamada de Bolha Local, tem quase 1.000 anos-luz de largura e foi criada há vários milhões de anos. Está localizado no braço de Órion da Via Láctea.
A Terra teria entrado nesta bolha há cerca de cinco ou seis milhões de anos, o mesmo período em que ocorreu a acumulação do Fe60 mais antigo – o que explicaria os sedimentos mais antigos no fundo do mar da Terra.
Vale ressaltar que o gás difuso da Bolha Local também emite uma quantidade de raios X.
Segundo os pesquisadores, ainda não está claro quais efeitos essa radiação poderia ter na vida na Terra.
Algumas possibilidades estão sendo estudadas por cientistas. Uma delas é a alteração na fita dupla do DNA, que pode ter causado a diversidade de espécies.
“É certo que a radiação cósmica é um fator ambiental chave na avaliação da viabilidade e evolução da vida na Terra. A questão chave diz respeito ao limite para que a radiação seja um fator favorável ou prejudicial quando se considera a evolução das espécies”, concluíram os autores do estudo.
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