astronautas se mantêm em silêncio

Conforme relatado por Olhar Digitalum dos astronautas da missão SpaceX Crew-8 (que retornou à Terra no final de setembro após sete meses no espaço) teve que ser hospitalizado assim que foi retirado com segurança da cápsula Endeavour, junto com seus três companheiros de equipe. Ele (ou ela, pois a identidade não foi revelada) recebeu alta no dia seguinte à internação – cuja causa permanece em segredo.

Na última sexta-feira (8), Michael Barratt, Matthew Dominick e Jeanette Epps, da NASA, participaram de um conferência de imprensa sobre a missão (que também contou com a participação do cosmonauta Alexander Grebenkin, da agência espacial russa, Roscosmos).

Durante a entrevista, os três astronautas se recusaram a falar sobre o ocorrido, alegando privacidade médica. “O voo espacial ainda é algo que não entendemos totalmente. Às vezes, encontramos coisas que não esperávamos, e este foi um desses momentos”, disse Barratt, que também é médico. “Ainda estamos juntando as peças sobre isso e, para manter a privacidade médica e permitir que nossos processos avancem de maneira ordenada, isso é tudo o que diremos sobre este evento neste momento.”

O encontro com os jornalistas ocorreu em meio a rumores sobre a saúde de Sunita Williams, astronauta da NASA que está em missão estendida na Estação Espacial Internacional (ISS) devido a problemas com a cápsula Starliner da Boeing.

As especulações surgiram depois que um médico, que não faz parte da agência, avaliou uma imagem de Williams tirada em setembro, alegando que ela parecia “muito magra”. Em resposta, a NASA garantiu que todos os tripulantes da ISS se encontram em bom estado de saúde, com acompanhamento médico contínuo.

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Jornalistas questionam astronautas sobre cancelamento de caminhadas espaciais

Os astronautas também foram questionados sobre duas caminhadas espaciais que foram canceladas durante o tempo que passaram no laboratório em órbita. Um deles, que teria participação de Dominick, foi cancelado por “desconfortos no traje espacial”, enquanto o outro, que teria sido feito por Barratt, foi abortado após vazamento de água no cordão umbilical do traje.

Segundo Barratt, o incidente causou uma “nevasca” de partículas de gelo na câmara de ar. “Foi dramático, mas os procedimentos de segurança nos protegeram”, disse ele, que no momento da atividade extraveicular (EVA) estava acompanhado pela astronauta da NASA Tracy Dyson, membro da missão Soyuz MS-25.

Após identificar o problema em uma válvula do cordão umbilical, a NASA substituiu o equipamento, mas o tempo restante na estação impediu novas caminhadas espaciais. Os próximos EVAs estão previstos para 2025, segundo Bill Spetch, gerente de operações e integração da ISS da agência norte-americana.