Os países em desenvolvimento necessitam de apoio financeiro do sector privado para avançarem para uma economia de baixo carbono. Foi o que disse Mukhtar Babayev, presidente da COP29 e Ministro do Meio Ambiente do Azerbaijão.
Num artigo recente publicado em O GuardiãoBabayev destacou que o financiamento privado é essencial para soluções climáticas, uma vez que depender exclusivamente de recursos públicos não é viável. “O mundo precisa de mais fundos e precisa deles urgentemente. A história mostra que é possível mobilizar recursos; agora é uma questão de vontade política”, escreveu ele.
Líderes de cerca de 200 países reúnem-se em Baku, capital do Azerbaijão, para discutir uma nova estrutura de financiamento que permitiria às nações em desenvolvimento reduzir as suas emissões e adaptar-se ao agravamento dos fenómenos meteorológicos extremos.
Babayev argumentou que o sector privado precisa de complementar os recursos públicos para satisfazer a crescente procura de financiamento climático, que deverá aumentar de aproximadamente 100 mil milhões de dólares anuais para até 1 bilião de dólares por ano até 2035.
O presidente da COP29 disse num discurso que o mundo está “no caminho da ruína” no que diz respeito à crise climática.
Financiamento privado para reduzir emissões
Embora a inclusão de fundos privados seja vista como necessária por vários países em desenvolvimento, organizações da sociedade civil alertam para os riscos deste modelo.
Mariana Paoli, da Christian Aid, enfatizou ao The Guardian que o financiamento governamental é mais eficaz no combate às alterações climáticas, pois pode ser oferecido sob a forma de subsídios, ao contrário do sector privado, que geralmente opera através de empréstimos. Paoli argumenta que “o financiamento privado é impulsionado pelo lucro e muitas vezes agrava a crise da dívida em muitos países em desenvolvimento”.
Por outro lado, os representantes das pequenas ilhas e dos países vulneráveis concordam que os fundos privados devem complementar o financiamento público. De acordo com a Aliança dos Pequenos Estados Insulares, o papel do sector privado no financiamento climático precisa de ser impulsionado por intervenções específicas dos países desenvolvidos, mantendo o foco na transferência directa de recursos públicos.
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Consequências económicas e alerta global na COP29
Simon Stiell, chefe da ONU para o clima, disse que o uso continuado de combustíveis fósseis contribuirá para a inflação global, ao mesmo tempo que o combate à crise climática poderá ajudar a resolver problemas económicos.
Segundo ele, “se pelo menos dois terços das nações do mundo não conseguirem reduzir as emissões rapidamente, todos os países pagarão um preço elevado”. Numa alusão ao novo governo dos Estados Unidos, Stiell destacou que o financiamento climático não é uma questão de caridade, mas sim um interesse estratégico para todas as nações, incluindo as mais ricas.
A eleição de Donald Trump, que prometeu retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris e eliminar os compromissos de redução de emissões, traz incerteza à cimeira. Sem a participação dos EUA, um dos maiores emissores de gases com efeito de estufa, as metas de financiamento climático para os países desenvolvidos poderiam ser ainda mais desafiadoras.
Para cobrir a lacuna financeira, espera-se que o sector privado assuma um papel mais significativo, mas esta mudança é vista com cautela, especialmente pelos países mais pobres que enfrentam dificuldades no acesso a este tipo de recursos.
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