NASA registra lua em forma de batata e tempestades de Júpiter

novembro 12, 2024
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NASA registra lua em forma de batata e tempestades de Júpiter


Na última sexta-feira (8), o Olhar Digital divulgou imagens de Júpiter tiradas pela sonda Juno da NASA em 23 de outubro, durante o 66º perijove – sobrevoo próximo do planeta. Na ocasião, a espaçonave passou pelos polos do gigante gasoso, obtendo recordes espetaculares e inéditos.

Agora, a agência acaba de disponibilizar novas capturas feitas durante essa manobra, que mostram as cores vibrantes e as tempestades caóticas que dominam a atmosfera de Júpiter, além da lua Amalteia, quinto satélite natural do planeta.

Uma imagem de uma região filamentar dobrada (FFR) em Júpiter, tirada pela espaçonave Juno durante seu 66º sobrevôo pelo planeta em 23 de outubro. Créditos: NASA/SwRI/MSSS/Jackie Branc

Captadas pela câmera JunoCam, as imagens foram disponibilizadas ao público e processadas por cientistas cidadãos, que aplicaram filtros para realçar as cores e contrastes das nuvens e tempestades jupiterianas.

Estas fotos revelam uma estrutura atmosférica complexa, com faixas de cores vivas, formações turbulentas e vórtices impressionantes. Entre os destaques está a imagem de uma “Região Filamentoar Dobrada” (FFR), comum nas latitudes subpolares de Júpiter, processada pelo astrônomo e astrofotógrafo amador Jackie Brancoda Inglaterra. Nesta área, nuvens brancas ondulantes formam filamentos que representam as tempestades dinâmicas do planeta.

Além de Júpiter, a sonda Juno registrou imagens de Amalteia, uma pequena lua com apenas 84 quilômetros de diâmetro, muitas vezes chamada de “em formato de batata”. O cientista cidadão Gerald Eichstadtda Alemanha, aplicou ajustes de balanço de branco para destacar a lua, separando-a do fundo escuro do espaço.

Almateia, quinta lua de Júpiter, em “formato de batata”, vista pela sonda Juno da NASA. Créditos: NASA/JPL/SwRI/MSSS/Gerald Eichstädt

Desde que chegou a Júpiter, em julho de 2016, a Juno realizou uma série de observações detalhadas do planeta e das suas luas, numa missão que originalmente estava prevista para ser concluída em 2021. Com a missão estendida até setembro de 2025, a sonda continuará a fornecerão informações valiosas sobre a formação e evolução do gigante gasoso até seu mergulho final na atmosfera jupiteriana, onde será destruído.

Estes dados visuais e atmosféricos oferecem aos cientistas uma visão mais profunda da dinâmica interna de Júpiter e ajudam a desvendar a história e a composição do maior planeta do Sistema Solar.

Júpiter visto pela espaçonave Juno da NASA durante um sobrevoo próximo. Créditos: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Brian Swift

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Júpiter não tem superfície

Sem dúvida, Júpiter está entre os mundos mais surpreendentes do Sistema Solar. Composto principalmente por gás, o planeta não possui superfície sólida, sendo impossível pousar ou caminhar sobre ele.

Localizado entre Marte e Saturno, Júpiter é tão imenso que seria capaz de conter em seu interior mais de mil planetas do tamanho da Terra.

Ao contrário dos planetas rochosos mais próximos do Sol (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte), Júpiter é um gigante gasoso, composto principalmente por hidrogénio e hélio – os mesmos elementos que compõem o Sol, o que o torna um planeta dinâmico e turbulento.

Qualquer nave espacial que tentasse penetrar na atmosfera de Júpiter enfrentaria pressões cada vez maiores e temperaturas extremamente altas, e seria destruída antes de atingir camadas mais profundas. Saiba mais aqui.





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