Por que cães se sacodem quando estão molhados? A ciência explica

novembro 13, 2024
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Por que cães se sacodem quando estão molhados? A ciência explica


Quem tem cachorro sabe o que é dar banho no pet e sair todo molhado também, pois ele se sacode o tempo todo. Essa reação instintiva de sacudir para secar os cabelos ganhou uma nova explicação neurocientífica. Os cientistas identificaram um circuito neural responsável por desencadear o reflexo no animal.

A investigação foi realizada em camundongos que, assim como outros tipos de mamíferos com pelos, tendem a fazer um movimento semelhante ao de um “cachorro molhado”. Os resultados foram descritos em artigo publicado na revista Ciência.

A reação do “cachorro molhado” pode ser desencadeada por um tipo de neurônio

  • Ao longo dos pêlos dos mamíferos, existem mais de 12 tipos de neurônios sensoriais.
  • Neste estudo, os pesquisadores se concentraram na compreensão de um deles, que é ultrassensível ao toque, chamado de mecanorreceptores de baixo limiar de fibra C (C-LTMRs).
  • Nos humanos, esse receptor detecta sensações agradáveis, mas nos animais serve para alertar sobre algo na pele, seja água ou um parasita.
  • Para determinar o seu papel na reacção de agitação, os cientistas registaram primeiro os movimentos dos ratos enquanto a sua pele era molhada com óleo de girassol.
  • Então, eles removeram geneticamente os C-LTMRs de um grupo. Outros testes mostraram que esses ratos tiveram uma redução de 50% nos tremores.
  • Ou seja, aparentemente, esse neurônio tem função fundamental nas reações dos animais.
Neurônios específicos presentes no pelo dos cães enviam sinais de que algo está na pele do animal, gerando a reação – Imagem: Vibe Images/Shutterstock

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Como os sinais chegam ao cérebro e se convertem em tremores

Os pesquisadores também investigaram como os sinais dos neurônios sensoriais C-LTMRs chegam ao cérebro para controlar tremores em mamíferos. Eles descobriram que os estímulos viajam até a medula espinhal e chegam a uma área responsável pelo processamento da dor, da temperatura e do tato.

Para confirmar a relação, uma técnica chamada optogenética, que utiliza luz para controlar a atividade de células ou neurônios no cérebro e outros tecidos, foi utilizada em neurônios espinhais de camundongos. Quando foram inativados, os tremores dos ratos diminuíram em até 58%.

A descoberta pode ser útil para condições em que há espasmos de pele em gatos – Imagem: Nils Jacobi/Shutterstock

Os animais modificados continuaram a coçar, limpar e mover-se normalmente. Isso mostrou que esse circuito neural é específico do reflexo de sacudir a água, sem afetar os demais movimentos do animal.

Mais um passo para entender como o cérebro controla o corpo

A descoberta abre novas possibilidades para pesquisas futuras. Os cientistas agora sabem que o tremor do “cachorro molhado” é uma resposta muito bem coordenada do corpo, e isso pode ajudar a entender melhor como o cérebro controla o movimento.

Outros estudos também poderiam investigar se a atividade exagerada dos C-LTMRs, os neurônios responsáveis ​​pela sensação do tato, está ligada a condições como espasmos cutâneos em gatos ou hipersensibilidade em humanos.





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