Os cometas de longo período (LPCs), que raramente passam pelo Sol, podem colidir com a Terra, mas um novo método de rastreamento poderia nos ajudar a detectá-los. Artigo disponível em versão pré-print no repositório online arXivjá aceito para publicação pela revista científica O Jornal de Ciência Planetária, Um estudo recente sugere que os rastos de meteoróides deixados por estes cometas podem funcionar como “migalhas” que indicam o seu caminho.
Alguns cometas visitam o Sistema Solar com certa regularidade – a cada 76 anos, é o caso do famoso Halley, por exemplo. No entanto, outros, como o cometa A3 Tsuchinshan-ATLAS, são visitantes raros.
Muitos desses objetos nascem nas regiões mais distantes do Sistema Solar e se aproximam do Sol em intervalos de 200 anos ou mais. Embora fascinantes para os astrônomos, os LPCs representam um desafio para a defesa planetária. Estima-se que objetos deste tipo causem até 6% dos impactos na Terra, mas foram detectados poucos daqueles que atingem distâncias potencialmente perigosas.
Portanto, estes cometas podem representar uma grande ameaça. Um objeto com aproximadamente um quilômetro de diâmetro, por exemplo, ao atingir a Terra a uma velocidade de 50 km/s, liberaria energia equivalente a 750 mil megatons de TNT.
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Para aumentar as chances de detecção desses corpos celestes, o estudo propõe observar trilhas de meteoróides, que seguem as órbitas dos LPCs e permanecem relativamente estáveis ao longo do tempo, escapando de perturbações de planetas maiores.
Quando a Terra cruza essas trilhas, os meteoróides podem entrar na atmosfera, criando chuvas de meteoros. Ao analisar essas trilhas, é possível calcular a direção e a velocidade dos meteoróides, permitindo identificar a órbita do cometa progenitor.
Embora a maioria dos LPCs ainda sejam fracos demais para serem vistos pelos observatórios atuais, o instrumento LSST (sigla para Survey of the Legacy of Space and Time) – a maior câmera digital do mundo, instalada no Observatório Vera C. Rubin (que será inaugurado no próximo ano no Chile) – deve identificar cometas anos antes de se tornarem ameaças reais.
Para testar o método, os pesquisadores analisaram 17 chuvas de meteoros associadas a LPCs conhecidas. Eles criaram cometas sintéticos e os colocaram a distâncias onde seriam visíveis pelo LSST, comparando as posições dos cometas reais com esses modelos.
De acordo com o site Espaço.comos resultados foram promissores: a maioria dos cometas reais estava nas áreas previstas pelos modelos. Esta técnica permite identificar cometas potencialmente perigosos a milhares de milhões de quilómetros de distância, com anos de antecedência.
O próximo passo é usar esta técnica para caçar LPCs “órfãos”, que deixaram rastros de meteoróides, mas cujos cometas progenitores ainda não foram encontrados. O método, porém, tem limitações e não identifica cometas com períodos orbitais superiores a 4.000 anos, pois seus rastros estão muito dispersos para serem detectados na Terra.
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