Nesta sexta-feira (15), a Lua inicia sua fase cheia – e muitos meios de comunicação estão se referindo a ela como a última “Superlua” de 2024. Será mesmo assim? Conforme relatado por Olhar Digital em janeiro, o fenômeno aconteceu oficialmente apenas duas vezes neste ano: em setembro e outubro.
Então, este mês, NÃO teremos uma Superlua. Vamos entender por quê?
O que é uma Superlua?
De uma forma muito simples e resumida, uma Superlua ocorre quando o nosso satélite natural atinge a sua fase cheia 24 horas antes ou depois de atingir a sua maior aproximação à Terra (um ponto chamado perigeu).
“Mas, sem saber a que distância a lua cheia precisa estar da Terra, não é possível determinar se esta ou aquela lua cheia é uma Superlua”, explica o colunista do Olhar Digital Marcelo Zurita, que é presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).
Segundo Zurita, há até algumas tentativas de criar uma definição científica, completa e definitiva para o termo, mas é difícil chegar a um consenso, e talvez isso tenha a ver com o fato de vir da astrologia. “Na astronomia, seu uso é recente e tem se mostrado uma boa forma de popularizar a ciência, mas muita gente ainda ‘torce o nariz’ para o termo, considerando-o um nome de marketing para ‘vender’ a Lua Cheia no perigeu, que , na prática, não tem nada de super, nem representa nenhum fenômeno de interesse científico”.
Talvez por isso a União Astronómica Internacional (IAU) não tenha demonstrado, até à data, qualquer interesse em uniformizar o termo. “Tudo o que temos são definições informais para a Superlua”, disse Zurita, explicando que, nos meios científicos, os astrónomos preferem a referência “perigeu-sizígia” ou simplesmente “Lua Cheia no Perigeu”.
A distância da Lua à Terra varia porque a sua órbita não é perfeitamente circular – é ligeiramente oval, traçando uma trajetória chamada elipse. À medida que percorre este caminho elíptico em torno do nosso planeta todos os meses, a sua distância varia entre 356.500 km no perigeu e 406.700 km no apogeu (ponto mais distante).
Leia mais:
E a Lua Cheia em novembro?
Seguindo o conceito acima, a Lua precisa entrar na fase cheia 24 horas antes ou depois de atingir o perigeu, certo? Isso só aconteceu este ano em setembro e outubro.
No caso de setembro, a fase completa começou às 23h34 (horário de Brasília) do dia 17. O perigeu lunar foi alcançado, por sua vez, às 10h22 do dia seguinte. Em outubro aconteceu o contrário: a Lua atingiu o perigeu no dia 16, às 21h50, e ficou completamente cheia no dia seguinte, às 8h26.
Embora alguns meios de comunicação tenham noticiado que as luas cheias de agosto e novembro também seriam “super”, se seguirmos rigorosamente a concepção acordada do termo, elas não se enquadram.
Em agosto, ficou cheio no dia 19, mas só atingiu o perigeu mais de 30 horas depois. E, agora em novembro, a Lua atingiu o perigeu nesta quinta-feira (14), às 8h15, segundo guia de observação InTheSky.orgficando totalmente lotado quase 34 horas depois, às 18h28 de sexta-feira (15).
Isso significa que, mesmo sendo brilhante e imensa no céu, desta vez a estrela não é oficialmente classificada como Superlua.
empréstimo empresa privada
consulta bpc por nome
emprestimo consignado caixa simulador
seguro cartão protegido itau valor
itaú portabilidade consignado
simular emprestimo consignado banco do brasil
empréstimo consignado menor taxa