Arqueólogos encontram cemitérios indígena e colonial na Bahia

novembro 18, 2024
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Arqueólogos encontram cemitérios indígena e colonial na Bahia


Uma importante descoberta arqueológica no município de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, está expondo aspectos culturais e históricos de povos que habitaram a região entre 10 mil e 2 mil anos atrás. Durante escavações realizadas desde abril de 2024, foram encontrados dois cemitérios sobrepostos: um cemitério cristão colonial, datado do período histórico, e, logo abaixo, um sambaqui, estrutura funerária indígena pré-colonial.

O projeto faz parte de uma parceria entre a empresa Totem Arqueologia e a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER). As escavações foram realizadas no âmbito de uma intervenção arqueológica no Sítio Arqueológico da Igreja Matriz de Santiago do Iguape.

A coordenadora da iniciativa, Rosivânia Aquino, destacou a singularidade do achado. “Temos um cemitério cristão em uma construção indígena, que revela um encontro de histórias e práticas funerárias de diferentes épocas”, afirma.

Fragmento de boneca (ou anjo) de porcelana escavada com uma criança do período colonial. (Imagem: coleção Totem de Arqueologia)

Artefatos em cemitérios revelam vidas e crenças de diferentes épocas

  • Junto com os restos indígenas foram encontrados objetos feitos com ossos e dentes de animais, que provavelmente tinham significados religiosos.
  • Nos sepultamentos coloniais, os artefatos incluem crucifixos, rosários e itens associados às crenças africanas, como guias e figos, refletindo a diversidade cultural da época.
  • Uma descoberta emocionante foi a de uma boneca de porcelana encontrada no túmulo de uma criança, simbolizando o carinho dos familiares.
  • “Objetos como esse, caros para a época, carregam um significado profundo e demonstram o amor dos pais pela criança enterrada”, explicou um dos responsáveis ​​pela análise dos artefatos.

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Níveis arqueológicos do Sambaqui da Praça dos Pescadores sob o cemitério cristão. (Imagem: coleção Totem de Arqueologia)

Avanços científicos e impacto cultural

A descoberta foi fundamental para o avanço das pesquisas históricas e arqueológicas na Bahia. Além de contribuir para o conhecimento sobre o cotidiano e as práticas funerárias, o material coletado está sendo utilizado em estudos mais amplos, incluindo análises genéticas. Uma parceria com um laboratório internacional permitirá identificar patógenos e traçar características genéticas de comunidades soterradas.

Por meio dos ossos e artefatos encontrados, foi possível identificar aspectos como as doenças que acometiam a população, entre elas a hanseníase e a sífilis, e os desafios enfrentados em atividades como a pesca e o cultivo da cana-de-açúcar.





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