Uma teoria controversa sugere que a NASA pode ter eliminado involuntariamente as formas de vida em Marte. Segundo essa hipótese, entre o final da década de 1970 e o início da década de 1980, a sonda Viking 1 teria destruído acidentalmente microrganismos marcianos durante experimentos realizados na superfície do Planeta Vermelho ao longo da missão.
Lançada em 1975, a Viking 1 foi a primeira espaçonave dos EUA a pousar em Marte. A sonda foi equipada com dois módulos de pouso e experimentos para analisar a atmosfera, o solo e o clima do planeta.
Resumindo:
- A teoria sugere que a NASA pode ter destruído a vida em Marte durante a missão Viking 1;
- A missão procurou sinais de vida microbiana, mas os resultados foram inconclusivos;
- Na nova visão, a água introduzida no solo pelas experiências pode ter matado micróbios marcianos adaptados ao ambiente seco;
- Os organismos que teriam habitado Marte seriam semelhantes aos extremófilos da Terra, que sobrevivem com pouca umidade;
- A hipótese incentiva novas abordagens na busca por vida no Planeta Vermelho, esquecendo a água e focando em compostos como os sais.
O principal objetivo da missão era procurar sinais de vida microbiana. Amostras de solo marciano foram coletadas e testadas em laboratório para ver se alguma coisa reagiria à água e aos nutrientes.
A princípio, os resultados pareciam indicar atividade biológica, mas logo surgiram dúvidas sobre essas descobertas. As reações detectadas nos experimentos poderiam ser explicadas por processos químicos não biológicos.
A hipótese de vida em Marte foi posta em dúvida, pois a ausência de água líquida e as condições extremas de temperatura pareciam excluí-la. Isso fez com que a busca fosse deixada em segundo plano pela NASA por anos.
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Como a NASA teria aniquilado a vida em Marte
Agora, um nova interpretação dos resultados de 1976 foi proposto por Dirk Schulze-Makuch, astrobiólogo da Universidade Técnica de Berlim, Alemanha. Ele sugere que os sinais encontrados pela missão Viking poderiam ser evidências de vida – e que a própria sonda teria destruído acidentalmente essa vida ao introduzir água no solo.
Para o cientista, se Marte abrigasse vida, poderia ter sido adaptado a um ambiente muito seco. Neste caso, os micróbios marcianos poderiam ter sobrevivido em condições extremamente áridas, retirando humidade do ambiente através de sais higroscópicos.
“Os experimentos da missão Viking, ao adicionar água ao solo, poderiam ter alterado esse equilíbrio e matado esses organismos”, disse Schulze-Makuch em entrevista ao site. Espaço.com (que você pode ler na íntegra aqui).
Ele explica que esses micróbios seriam semelhantes aos extremófilos encontrados na Terra, “como os do deserto do Atacama, no Chile”. Nesses locais, os organismos sobrevivem em condições de umidade mínima, extraindo água da atmosfera. A teoria de Schulze-Makuch sugere que Marte poderia ter abrigado organismos semelhantes adaptados às suas condições.
Cientista propõe mudança de perspectiva
Em vez de procurar sinais de água líquida, Schulze-Makuch propõe que os investigadores se concentrem em compostos como os sais, que poderiam ter sustentado a antiga vida marciana. “Isso permitiria o desenvolvimento de novos métodos de exploração, com foco em sinais de vida que não dependem de água líquida.”
O especialista acrescenta que isto também poderia ajudar a compreender melhor como os organismos podem viver num ambiente com recursos hídricos limitados.
Esta nova perspectiva obriga os cientistas a repensar a forma como exploramos outros planetas. A vida em Marte, se existisse, poderia ser muito diferente da vida na Terra. Portanto, devemos estar preparados para procurar formas biológicas que possam não se assemelhar ao que conhecemos.
A reinterpretação dos experimentos da missão Viking abre portas para novas investigações. Se a vida marciana ainda existir, poderá assumir formas mais resistentes e adaptadas às duras condições de Marte. Em vez de dar um fim à busca, a teoria de Schulze-Makuch nos leva a procurar vida em Marte com novas abordagens.
Com os avanços tecnológicos, explorar Marte continua a ser uma prioridade para a NASA e outras agências espaciais. Missões futuras poderão necessitar de revisão de metodologias, considerando a hipótese de vida adaptada a ambientes secos e extremos. Isto poderia redefinir a compreensão científica de Marte e das possibilidades de vida fora da Terra.
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