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Um peixe-remo (também conhecido como “Peixe do Fim do Mundo”) foi encontrado morto em Grandview Beach, Califórnia (EUA), no início de novembro. O animal é um sinal de mau presságio em algumas culturas e os avistamentos costumam ser raros. Porém, já é a terceira espécie encontrada em três meses somente no Estado.
O peixe do fim do mundo mede entre 2,7 metros e três metros de comprimento e foi avistado pela doutoranda em Oceanografia em Instituição Scripps de Oceanografia Alison Laferrière.
Avistamentos de peixes no fim do mundo estão aumentando
Antes deste mês, um peixe-remo foi encontrado degradado em setembro perto de Huntington Beach, e outro de 36 metros de comprimento foi visto encalhado em San Diego em agosto. Ambos os locais estão localizados no estado da Califórnia.
Há um problema: os avistamentos do animal tendem a ser raros. Para se ter uma ideia, 21 deles apareceram na costa da Califórnia desde 1901, quando começaram os registros. Ou seja, três em pouco mais de três meses é excepcional.
O que é o peixe no fim do mundo?
- De acordo com o IFL Ciênciao peixe-remo é o maior peixe ósseo conhecido, atingindo cerca de oito metros de comprimento;
- Os avistamentos são raros porque a espécie vive na zona crepuscular do oceano, em profundidades entre 200 metros e mil metros. Ou seja, quando são vistos é sempre intrigante;
- Uma lenda japonesa considera o avistamento do Peixe do Fim do Mundo um presságio de terremotos, tsunamis ou outros acontecimentos ruins;
- Por mais que a tradição fale alto, um estudo de 2019 comprovou que isso não é exatamente verdade: a pesquisa analisou a relação entre 336 avistamentos e 221 terremotos no Japão. Apenas um dos eventos se correlacionou.
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Por que houve um aumento nos avistamentos?
Pesquisadores do Scripps Institution of Oceanography acreditam que o aumento no avistamento de peixes-remo pode ser significativo. Eles analisaram amostras dos exemplares encalhados e explicaram que isso pode ter a ver com mudanças nas condições oceânicas, ou mesmo com o aumento do número de peixes desta espécie na costa californiana.
Outros estudiosos atribuem o aumento a mudanças mais amplas, como os ciclos El Niño e La Niña. Porém, no caso do animal encontrado em novembro, acreditam que tenha a ver com mais de uma variável. A equipe continuará analisando as amostras para pontuar com mais precisão esse novo fenômeno.
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