Conforme relatado por Olhar DigitalA NASA pretende “derrubar” (ou seja, tirá-la de órbita) a Estação Espacial Internacional (ISS) entre o final deste século e o início do próximo – uma operação que tem levantado preocupações sobre os impactos no ambiente.
Segundo especialistas consultados pelo site Espaço.coma principal questão é garantir que a reentrada da estação seja controlada para evitar danos à atmosfera e aos oceanos.
Em 2023, o Painel Consultivo de Segurança Aeroespacial (ASAP) da NASA reiterou a importância de um plano para a desorbitação controlada da ISS. O comitê recomendou que a agência desenvolva essa capacidade o mais rápido possível, reforçando o risco de um problema sério e repentino na estação que exija eliminação imediata.
A NASA escolheu a SpaceX para desenvolver o Veículo Deorbital dos EUA (USDV), em um contrato de US$ 843 milhões (o equivalente a mais de R$ 5 bilhões). A empresa de Elon Musk será responsável por projetar e executar a reentrada controlada da ISS, direcionando a estrutura para uma área remota do oceano. Esta medida, prevista para 2031, visa minimizar riscos para a população e para o ambiente.
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Os impactos da queda da estação espacial no mar podem ser mínimos
Leonard Schulz, pesquisador do Instituto de Geofísica da Universidade de Braunschweig, na Alemanha, alerta para os desafios de lidar com a grande massa da ISS, que chega a 450 toneladas. Esse peso coloca a estação em uma posição de risco durante a reentrada. “Provavelmente, no futuro, veremos o que essa reentrada pode trazer para a atmosfera em termos de substâncias liberadas.”
Luciano Anselmo, físico do Instituto de Ciência de Pisa, na Itália, minimiza as preocupações com os impactos do desabamento da estrutura no mar. “A reentrada de objetos espaciais contribui muito pouco para a poluição dos oceanos, em comparação com navios naufragados ou outros resíduos”, garante.
Porém, ele ressalta que as consequências para a alta atmosfera são mais preocupantes, pois as reentradas no espaço podem liberar substâncias que afetam a camada de ozônio e o clima. “Embora o impacto nos oceanos seja pequeno, a questão da atmosfera precisa ser mais estudada, considerando o aumento dos lançamentos espaciais.”
O cientista do Greenpeace David Santillo mencionou o histórico do grupo no monitoramento do despejo de detritos espaciais. A reentrada controlada da estação russa Mir em 2001, por exemplo, foi uma das ações monitoradas. Santillo sugere que a Convenção de Londres, que visa proteger os oceanos da poluição, poderia ser uma boa base para regular a desorbitação da ISS.
Para Darren McKnight, pesquisador do LeoLabs, a pior opção seria uma reentrada descontrolada. A falta de controle sobre a queda da estação poderá gerar colisões com outros satélites e aumentar o risco de detritos espaciais. Ele sugere alternativas como desmontar a estrutura ou enviá-la para uma órbita mais alta – embora ambas as soluções sejam caras e complexas.
A segurança ambiental deve ser uma prioridade
Com as crescentes preocupações ambientais, a discussão sobre a desorbitação da ISS ganha cada vez mais atenção, com o envolvimento de profissionais de diversas áreas para garantir que o processo seja realizado com segurança e eficiência. O futuro das estações espaciais e da exploração espacial dependerá também das soluções encontradas para este desafio.
A segurança ambiental, tanto na Terra como no espaço, será um dos factores determinantes para as próximas decisões, além da colaboração entre agências espaciais, investigadores e organizações ambientais para lidar com este desafio.
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