Os anfíbios, popularmente conhecidos como rãs, sapos e pererecas, pertencem ao grupo Anura, mas também incluem outros animais, como salamandras e cecílias (ou cobras cegas). Dentro dos anfíbios, Existem mais de 40 modos reprodutivosque se referem às diferentes formas como os organismos se reproduzem em seus habitats, considerando fatores como o local de oviposição, as características dos ovos, o tipo de desenvolvimento e os cuidados parentais.
Ao contrário do que muitos pensam, os anfíbios são extremamente diversos, sendo descritas cerca de 120 novas espécies todos os anos! São os únicos vertebrados que sofrem metamorfose, embora nem todas as espécies deste grupo apresentem esta característica.
A metamorfose é um tipo de desenvolvimento indireto, em que o organismo passa por uma fase larval com formato corporal diferente do adulto. Nestes animais, a reprodução depende de ambientes aquáticos ou extremamente úmidos, e as larvas, chamadas de girinos, se desenvolvem nesses locais.
Abaixo, descubra alguns dos métodos reprodutivos mais incomuns dos sapos!
5 modos reprodutivos incomuns usados por sapos
Saco vocal de sapo como incubadora de ovos
A espécie de sapo Rinoderma darwiniiencontrado nas regiões do Chile e Argentina, apresenta comportamento reprodutivo único, marcado por cuidados parentais incomuns. Após a fêmea depositar os ovos no ambiente adequado, o macho, após um período de desenvolvimento, os coleta em seu saco vocal, estrutura normalmente utilizada para amplificar sons e permitir o clássico coaxar dos sapos.
Dentro deste saco ocorre o desenvolvimento larval e a metamorfose, com os embriões recebendo nutrição diretamente do macho. No final do desenvolvimento, os filhotes de sapo emergem da boca do pai, dando a impressão de que ele está “cuspindo” seus filhotes!
Desenvolvimento de óvulos nas costas da mãe
Na América do Sul e na África, a espécie é encontrada pipa pipao. Essas rãs depositam seus ovos nas costas da fêmea, onde se alojam e formam buracos, onde irão se desenvolver. Mais tarde, os bebês emergem da pele da mãe, já totalmente desenvolvidos, como sapos adultos em miniatura. Com o tempo, a pele se regenera, preenchendo os buracos deixados. Este grupo está distribuído pela América do Sul e África
ninhos de espuma
As espécies da família Leptodactylidae apresentam um modo reprodutivo intrigante, no qual os ovos são depositados em ninhos de espuma. Esses ninhos têm múltiplas funções importantes, estudos mostram que a principal delas é manter a temperatura estável, essencial para o bom desenvolvimento dos embriões.
Além disso, a espuma cria um ambiente úmido e seguro. A composição destes ninhos é composta por moléculas surfactantes, que conferem à estrutura o seu aspecto espumoso e garantem a sua durabilidade. Essas espécies estão amplamente distribuídas pela América Central e do Sul, utilizando essa estratégia reprodutiva como forma eficaz de garantir a sobrevivência de seus descendentes.
Nascem sapos em miniatura
Indivíduos do gênero Pristimantis sp., estão distribuídos por toda a América Central e parte da América do Sul. Esses anfíbios depositam seus ovos diretamente no solo ou em locais úmidos, como serapilheira ou folhas de plantas. Ao contrário de muitas outras espécies de rãs que passam pela fase larval aquática,
Você Pristimantis apresentam desenvolvimento direto. Isso significa que, em vez de girinos, os ovos eclodem em pequenas versões de sapos adultos, sem passar pela fase larval. Este tipo de desenvolvimento funciona bem em ambientes onde a água é escassa ou onde existe risco de predação larval em massas de água, garantindo que os jovens nascem prontos para a vida em terra desde o início.
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Transportando os girinos
Os sapos da família Dendrobatidae são conhecidos por serem extremamente venenosos, incluindo o vertebrado mais letal do mundo, o tordo Phyllobates terribilis. Essas rãs exibem um comportamento reprodutivo fascinante e estimulante. Os ovos são depositados em pequenos acúmulos de água, como serapilheira.
Após a eclosão, quando os ovos se transformam em larvas, o macho assume os cuidados parentais, carregando os girinos nas costas para locais seguros, como acúmulos de água nas bromélias. Para garantir sua sobrevivência, a fêmea libera na água um óvulo não fecundado, que serve de alimento para o girino durante seu desenvolvimento.
Este comportamento cooperativo entre macho e fêmea é vital para o bom desenvolvimento dos jovens, que permanecem nestes pequenos corpos de água até atingirem a idade adulta. Presente principalmente na América do Sul, como na Amazônia!
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