O mundo da Física está repleto de nomes que parecem saídos de um livro de magia: quarks, bósons, glúons e múons compõem um verdadeiro arsenal de partículas com nomes curiosos. Porém, entre todos eles, um termo soa como algo tirado diretamente das páginas de uma história em quadrinhos: antimatéria.
Mas apesar de um nome tão alarmante, esta forma misteriosa de matéria é real e desafia-nos a compreender porque é que o Universo é como é.
Imagine uma maçã comum, vermelha e brilhante apoiada sobre uma mesa. Agora, imagine que ao lado dele existe um anti-maçã. Esta anti-maçã seria idêntica a uma maçã comum em todos os aspectos: forma, peso, cheiro… mas com uma diferença crucial.
Enquanto os átomos da maçã comum possuem elétrons (partículas com carga negativa) orbitando seus núcleos, a antimaçã teria pósitrons (as antipartículas do elétron, com carga positiva) ao redor de seus antinúcleos compostos por antiprótons e antinêutrons.
Apesar de parecer algo saído de um livro de ficção científica, a antimatéria é uma forma de matéria composta por partículas que possuem carga elétrica oposta às partículas que conhecemos. Por exemplo, o próton na matéria comum tem carga positiva, enquanto sua contraparte de antimatéria, o antipróton, tem carga negativa.
A antimatéria responde às mesmas leis que a matéria comum. Se você pudesse, por exemplo, lançar esta anti-maçã no ar, ela cairia no chão como uma maçã normal, puxada pela gravidade. As interações entre partículas de antimatéria seguem as mesmas regras de interação que regem os átomos comuns: os pósitrons orbitam núcleos de antiprótons obedecendo às leis do eletromagnetismo, enquanto os antiátomos formam moléculas sob os mesmos princípios da Química.
O que torna a anti-maçã um conceito tão fascinante e assustador é que, embora seja teoricamente possível criá-la, ela não sobreviveria por muito tempo no nosso universo dominado pela matéria. Se você tentasse tocar a maçã e a antimaçã, elas se aniquilariam instantaneamente.
Essa interação entre matéria e antimatéria transforma ambas em energia pura, um espetáculo invisível de liberação energética que segue as leis fundamentais da Física. Quando matéria e antimatéria se encontram, elas se aniquilam em uma explosão que libera energia pura.
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O que é antimatéria e por que é tão rara?
A antimatéria é uma forma de matéria composta por partículas que possuem carga elétrica oposta às partículas que conhecemos. Por exemplo, o próton na matéria comum tem carga positiva, enquanto sua contraparte de antimatéria, o antipróton, tem carga negativa. Quando matéria e antimatéria se encontram, elas se aniquilam em uma explosão que libera energia pura.
A antimatéria é rara porque na época do Big Bang, matéria e antimatéria deveriam ter sido criadas em quantidades iguais. Porém, por razões ainda não completamente compreendidas, o Universo acabou predominando na matéria, enquanto a antimatéria praticamente desapareceu, existindo hoje apenas em quantidades ínfimas e instáveis.
Quanto custa 1 grama de antimatéria?
A produção de antimatéria é extremamente complexa e cara, pois requer aceleradores de partículas e instalações de alta tecnologia. Atualmente, estima-se que o custo de produção de 1 grama seja de aproximadamente US$ 62,5 trilhões.
Apesar do alto custo, a antimatéria tem usos potenciais em áreas como a Medicina (na tomografia por emissão de pósitrons) e na propulsão de espaçonaves futurísticas.
Antimatéria: como é feita e quem a descobriu?
A antimatéria é criada artificialmente em aceleradores de partículas, onde colisões de alta energia geram pares de partículas e antipartículas. Esses dispositivos, como Grande Colisor de Hádrons (LHC)são capazes de produzir o antimaterial em pequenas quantidades e por períodos extremamente curtos.
A descoberta da antimatéria foi teorizada em 1928 pelo físico britânico Paul Dirac, que previu a existência de partículas com cargas opostas às da matéria comum. Sua teoria foi confirmada experimentalmente em 1932, quando Carl Anderson detectou o pósitron, a versão antimatéria do elétron.
Desde então, tem permanecido um campo fascinante da física, embora as suas aplicações práticas sejam limitadas pela dificuldade de produção e armazenamento.
Sim, a antimatéria é real e foi criada em laboratório, além de ser produzida naturalmente em eventos de alta energia no Universo. É estudado em aceleradores de partículas como o Large Hadron Collider (LHC).
Sim, as antipartículas são criadas espontaneamente em fenômenos como raios cósmicos e tempestades atmosféricas. No entanto, eles desaparecem rapidamente quando aniquilados com matéria comum.
Sim, se entrar em contato com a matéria comum, a antimatéria gera uma explosão de energia. No entanto, a quantidade total de antimatéria encontrada ou criada pelos humanos é tão pequena que não representa um perigo imediato.
Ainda não temos uma imagem direta da antimatéria porque ela é aniquilada ao interagir com a matéria comum. O que detectamos são os vestígios e efeitos deixados pelas antipartículas em experimentos controlados.
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