Um dos eventos astronômicos mais esperados do ano, o chuva de meteoros Geminídeos alcançarão seu pico entre sexta-feira (13) e Sábado (14), alvorecer o que representa a melhor oportunidade de ver incríveis “estrelas cadentes”, que, neste caso específico, são muito brilhantes e podem até ser coloridas.
Sobre a chuva de meteoros Geminídeas:
- Também chamada de Geminídeas, esta chuva de meteoros ocorre todos os anos, entre 4 e 17 de dezembro;
- Em dias de atividade máxima, é possível observar até 120 meteoros por horadependendo da localização do observador e das condições do céu;
- Este ano, com a Lua quase cheia, a visualização pode ser um pouco desfavorável.
Aqui no Brasil a expectativa é que seja possível ver mais de 50 meteoros por hora, dependendo das condições climáticas e do local de observação. Segundo Carlos Fernando Jung, pesquisador e responsável pelo observatório Heller & Jung, localizado no município de Taquara (RS), o brilho da Lua pode ofuscar meteoros menores, mas não interfere na visão das câmeras.
Na última segunda-feira (9), os mais de 20 câmeras de observatório capturadojuntos, ao redor 1.280 meteoros em sete horasa partir da meia-noite. Segundo Jung, foram registrados em média 64 incidentes para cada equipamento.
Chuva de meteoros Geminídeas registrada por uma das 20 câmeras do Observatório Heller & Jung, em Taquara, Rio Grande do Sul (imagens cedidas pelo Prof. Carlos Fernando Jung, responsável pelo observatório). pic.twitter.com/5cDkiB0wOW
— Olhar Digital (@olhardigital) 12 de dezembro de 2024
Geminídeos é uma chuva de meteoros diferente
A maioria das chuvas de meteoros é gerada por detritos de cometas que passam. No caso dos Geminídeos, porém, ele é formado por resíduos do asteroide 3200 Phaeton – uma rocha espacial que “imita” o comportamento de um cometa.
Esse asteroide mede cerca de 5,8 km de largura e, à medida que se aproxima do Sol, fica mais brilhante (de forma semelhante aos cometas, que são aquecidos e ficam mais ativos e brilhantes quando perdem gases e poeira com o calor). Os cientistas atribuem a “atividade cometária” do Phaeton ao sódio.
Por serem mais densas que o normal, as pequenas rochas espaciais deste asteroide entram em nossa atmosfera muito mais lentamente, gerando rastros de luz duradouros e até bolas de fogo esverdeadas.
Evento pode ser visto a olho nu
A chuva de meteoros Geminídeas, como qualquer outra, é visível a olho nu. Pode ser observado de qualquer lugar do Brasil. Como o próprio nome sugere, seu radiante (ponto para onde os meteoros parecem convergir) é a constelação de Gêmeos.
Recomenda-se usar um aplicativo ou site de astronomia (como Star Walk, Stellarium ou SkySafari) para ajudá-lo a localizar a constelação de Gêmeos no céu e verificar os melhores horários de visibilidade em sua cidade.
Embora os meteoros desta chuva pareçam sempre vir da direção da Constelação de Gêmeos, não é necessário olhar para essa região para vê-los, pois eles podem ocorrer em qualquer lugar do céu. A localização do radiante serve apenas para diferenciar os meteoros Geminídeos de outros meteoros esporádicos que podem aparecer durante a noite.
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