De outro mundo? As aparições mais fascinantes de 2024

dezembro 28, 2024
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De outro mundo? As aparições mais fascinantes de 2024


2024 foi um ano cheio de avistamentos de criaturas curiosas e fascinantes, e o Olhar Digital selecionou oito dos casos mais marcantes para lembrar. Essas criaturas misteriosas foram encontradas em todo o mundo, do Brasil à Austrália; Confira as aparições mais impressionantes.

Entre criaturas marinhas, invertebrados e até uma anfisbena, o ano de 2024 proporcionou avistamentos que parecem saídos de um filme de ficção científica. A identificação de novas espécies e criaturas tem-nos mostrado que ainda há muito para saber sobre o nosso planeta.

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Quais criaturas mais fascinantes marcaram 2024?

Nosso planeta já possui uma biodiversidade incrível, mas 2024 trouxe a descoberta de centenas de novas criaturas. E considerando que 95% do oceano permanece inexplorado, não deveria ser surpresa que muitas das criaturas mais novas e estranhas sejam animais marinhos – especialmente das profundezas. Confira oito criaturas mais fascinantes que marcaram o ano de 2024.

Criatura “alienígena” aparece em praia na Austrália

(Imagem: Reprodução/X)

Um longo ser cheio de tentáculos gelatinosos foi encontrado na costa da Austrália, intrigando muitos banhistas. Batizado de cracas pescoço de ganso, o “alienígena” encontrado era, na verdade, uma colônia de crustáceos.

Embora se assemelhem a ostras e amêijoas, cracas pescoço de ganso eles estão mais intimamente relacionados com lagostas e caranguejos, usando pernas articuladas para filtrar os alimentos da água. Considerados uma iguaria, são muito apreciados em Portugal e Espanha.

Lula misteriosa vista no fundo do mar

Imagem: Centro de Pesquisa em Mar Profundo Minderoo-UWA e Inkfish

Câmeras instaladas por pesquisadores na Fossa de Tonga, localizada no sudoeste do Oceano Pacífico, capturaram imagens de uma lula-chicote. Esses animais têm tentáculos em forma de chicote, além de barbatana em formato de coração.

Embora sejam predadores oportunistas num ambiente extremo, a análise do ADN revelou que estas lulas consomem cação, sugerindo que podem atacar ativamente grandes espécies pelágicas.

Cientistas encontram criatura desconhecida no Brasil

Imagem: Reprodução/Ribeiro et al., ZooKeys 2024

À primeira vista, este animal poderia facilmente passar por classes como verme, réptil ou anfíbio. Na verdade, ele é uma anfisbena, uma espécie de réptil sem pernas, que não pertence à família das cobras nem dos lagartos.

A criatura foi encontrada na região norte da Serra do Espinhaço, no sertão baiano e, após uma série de testes e exames, os cientistas chegaram à conclusão de que estamos diante de uma nova espécie.

“Inseto do espaguete” é encontrado no fundo do mar

Imagem: ROV SuBastian/Schmidt Ocean Institute

Uma missão internacional que procurava mapear o fundo do mar resultou na localização de várias novas espécies. A equipe localizou cerca de 20 criaturas consideradas muito raras, como o “inseto do espaguete”.

Esta criatura, que parece um amontoado de fios brancos, é uma espécie de sifonóforo (invertebrados que lembram vagamente águas-vivas). É a primeira vez que um exemplar é visto vivo em seu habitat natural, por isso seu comportamento ainda é pouco conhecido.

Novas espécies podem ajudar a encontrar vida em Marte

As infiltrações de metano são sinais de vida no fundo do mar. Imagem: ROV SuBastian/Schmidt Ocean Institute

Uma descoberta, feita durante uma expedição na Fossa do Atacama, poderá servir de base para futuras missões espaciais em busca de vida extraterrestre. Os pesquisadores descobriram 70 novas espécies de animais – como porcos-marinhos, além de fósseis de braquiópodes, leptoquítons e crinóides, que podem ser descendentes de criaturas do deserto do Atacama, oferecendo pistas sobre a origem da vida na Terra.

Os cientistas também observaram uma das infiltrações frias mais profundas já registradas, a 2.836 metros, onde bolhas de metano se formam ao longo do fundo do oceano. Este fenômeno ocorre em zonas de subducção, áreas onde as placas tectônicas colidem.

O metano é vital para os animais do fundo do mar, alimentando bactérias em sua dieta. Assim, o estudo pode fornecer insights sobre o vida em Marte e outros planetas.

‘Peixe do fim do mundo’ avistado na Califórnia

Peixe do fim do mundo foi encontrado por mergulhadores na Califórnia. (Imagem: Instituição Scripps de Oceanografia/X)

Um grupo de mergulhadores encontrou um peixe-remo muito raro. Com quase 4 metros de comprimento, o exemplar foi encontrado morto, flutuando na superfície da água. Os avistamentos destes peixes são muito raros, pois vivem entre 200 e 1.000 metros abaixo da superfície dos oceanos.

A espécie é apelidada de “peixe do fim do mundo”, por ser considerada um sinal de mau presságioFolclore japonêsanteriores a desastres naturais, como terremotos e tsunamis. Curiosamente, dois dias após a descoberta do peixe-remo na Califórnia, o estado foi atingido por um terremoto de magnitude 4,4.

Raros peixes de 2 metros de comprimento em praia dos Estados Unidos

peixe-lua (Crédito: Tiffany Boothe/Seaside Aquarium)
Peixe-lua (Crédito: Tiffany Boothe/Seaside Aquarium)

Um exemplar de peixe-lua encalhado em uma praia do Oregon, na costa oeste dos Estados Unidos. Inicialmente, o animal foi identificado como um peixe-lua oceânico, o peixe ósseo mais pesado do mundo. Porém, após análise de biólogos, foi reconhecido como peixe-lua de capuz, espécie descoberta em 2014.

Embora tenha sido considerado exclusivo do Hemisfério Sul, com registros na Austrália, África do Sul e Chile, sua presença na costa do Oregon sugere que o peixe também poderia habitar o Hemisfério Norte sem ser notado – confundido com o peixe-lua oceânico.

Objeto fluorescente aparece na Holanda

Imagem da colônia de briozoários
Bolsa estranha apareceu pela primeira vez na Holanda (Imagem: Reprodução/AD)

Um grupo de ecologistas encontrou uma espécie de saco gigante laranja e fluorescente em um rio na Holanda. Segundo os pesquisadores, trata-se de uma colônia de briozoários. Esses invertebrados, de aparência semelhante aos corais e esponjas marinhas, coletam alimentos com tentáculos ao redor da boca.

Apesar de serem invertebrados quando “livres”, as colônias compartilham um esqueleto externo. Isso ocorre quando um coletivo de briozoários encontra um bom substrato, que os protege de predadores e permite a passagem de nutrientes sem muita corrente de água. Eles “grudam” e se reproduzem assexuadamente, criando clones.





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