2025? Que nada! Segundo a ciência, o ano não acabou

dezembro 31, 2024
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2025? Que nada! Segundo a ciência, o ano não acabou


Quando termina um ano e começa outro? A resposta parece bastante simples: o ponto de viragem acontece à meia-noite do dia 31 de dezembro. É exatamente por isso que comemoramos o Réveillon justamente nesta data.

Porém, para a ciência, isso nada mais é do que uma convenção social. Ou seja, algo inventado e sem base científica. Na verdade, em termos científicos, nada de diferente acontece quando chega o primeiro de janeiro.

As datas foram inventadas

  • 31 de dezembro é o último dia do calendário gregoriano, que rege o Ocidente desde que o calendário juliano deixou de ser usado em 1582.
  • A virada do ano celebra uma revolução completa da Terra em torno do Sol.
  • Porém, a contagem de quando esse ciclo começa e termina pode ocorrer, na prática, a qualquer momento.
  • Ou seja, nada acontece no dia 31 de dezembro que diga que é aqui que termina o ano.
  • Da mesma forma, o dia 1º de janeiro não indica o início de um novo período.
O calendário é uma convenção social, explicam os cientistas (Imagem: Andrey_Popov/Shutterstock)

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Cada ano tem uma duração diferente

Segundo os cientistas, outro ponto precisa ser levado em consideração. Os anos não têm sempre a mesma duração. Embora os astrônomos tenham tentado ao longo dos séculos calcular com precisão o tempo que a Terra leva para orbitar o Sol, há um problema básico que os impede de obter um número definitivo.

É preciso levar em conta que a duração dos anos nunca é a mesma porque tudo muda no Sistema Solar. Vejamos o caso do ano anomalístico: à medida que a Terra gira em torno do Sol, o periélio muda como resultado da ação gravitacional de outros planetas, como Júpiter.

Eduard Larrañaga, astrônomo do Observatório Astronômico Nacional da Universidade Nacional da Colômbia

De acordo com o nosso calendário, a Terra gira em torno do Sol em 365,25 dias. No entanto, existem outras maneiras de medir a duração de um ano. O ano sideralpor exemplo, é o tempo que a Terra leva para girar ao redor do Sol em relação a um sistema de referência fixo. Neste caso, utiliza-se como referência um grupo de estrelas, e esse ano tem duração de 365,25636 dias.

Celebração de Ano Novo
O Ano Novo científico acontece em data diferente da habitualmente celebrada (Imagem: Atmosphere1/Shutterstock)

Já o ano trópico leva em consideração a longitude eclíptica do Sol, ou seja, o ângulo do astro no céu em relação ao nosso planeta ao longo do ano, principalmente nos equinócios. Dura um pouco menos que o ano sideral: 365,242189 dias.

Finalmente, o ano anomalístico leva em consideração que a Terra, como os demais planetas, se move em uma elipse. Isso significa que, em algumas ocasiões, o Sol está mais próximo e mais distante do planeta. Mas há um ponto em que ambos estão o mais próximos possível, chamado periélio. E o ano anomalístico é o tempo decorrido entre duas passagens consecutivas da Terra pelo seu periélio, com duração de 365,2596 dias.

A diferença entre todas essas formas de cálculo não é tão grande. Mas imagine isso multiplicado por milhares de anos. Isso significa que o Ano Novo científico aconteceria em data diferente daquela habitualmente celebrada.





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