o que esperar para 2025?

janeiro 1, 2025
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o que esperar para 2025?


O ano de 2024 ficará para a história, mas infelizmente não de forma positiva. Segundo o Copernicus, programa de observação da Terra da União Europeia, este foi o ano mais quente alguma vez registado no nosso planeta.

As altas temperaturas são um reflexo direto das alterações climáticas e têm provocado o aumento de fenómenos naturais de grande intensidade, como tempestades e inundações, bem como secas e secas. Só em 2024, houve cinco milhões de novos refugiados climáticos, pessoas que precisam de abandonar as suas casas devido a catástrofes naturais. A má notícia é que é improvável que vejamos alívio em 2025.

O calor pode se tornar ainda mais intenso

Em entrevista com MetrópolesRodrigo Jesus, porta-voz do Greenpeace Brasil, explica que o Brasil deverá ficar sob a influência do La Niña em 2025. O fenômeno climático é o oposto do El Niño e consiste na diminuição da temperatura superficial das águas do Oceano Pacífico.

Segundo o especialista, nem mesmo esta redução do calor no oceano impedirá que o próximo ano seja ainda mais quente. A previsão é que os termômetros voltem a ficar acima da média histórica, podendo superar o registrado em 2024.

A previsão é que 2025 seja ainda mais quente que 2024 (Imagem: shutterstock/Marc Bruxelle)

Este cenário levanta muitas preocupações sobre a saúde da população. As altas temperaturas têm consequências diretamente relacionadas com alterações na pressão arterial, problemas cardiovasculares, tonturas e enxaquecas, por exemplo.

Relativamente à chuva, espera-se um menor nível de precipitação no sul do país. Pelo contrário, deverá chover acima da média no Norte. Não se pode descartar a possibilidade de inundações, algo que se torna cada vez mais comum devido aos efeitos das alterações climáticas.

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O Rio Grande do Sul foi atingido pela maior catástrofe climática de sua história em 2024 (Imagem: Cid Guedes/Shutterstock)

Brasil precisa estar preparado para novos eventos extremos

  • Em 2024, o mundo ultrapassou, pela primeira vez, o limite de temperatura estabelecido pelo Acordo de Paris.
  • A temperatura média global dos últimos 12 meses ficou 1,62°C acima da média do período pré-industrial, ultrapassando o limite determinado de até 1,5°C.
  • Na opinião do especialista, embora o Brasil tenha reduzido o índice de emissões de gases de efeito estufa nos últimos anos, até 2025 o país precisa aumentar sua capacidade de fiscalização, responsabilização e monitoramento do desmatamento.
  • Ele também defende a adaptação das cidades brasileiras para minimizar eventos climáticos extremos.
  • Rodrigo Jesus afirma que “precisamos de políticas públicas para aumentar a infraestrutura verde, aumentar a proteção contra ações de gestão de risco de desastres e priorizar territórios de alto e médio risco, periféricos, de comunidades indígenas e tradicionais”.





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