Cientistas alertam para um cenário em que detritos espaciais desencadeiam uma reação em cadeia, que pode interromper serviços como a internet
Em novembro do ano passado, os detritos espaciais quase chegaram à Estação Espacial Internacional (ISS). Segundo a NASA, foi necessária uma manobra de emergência, pois um possível impacto seria desastroso (leia mais sobre o caso clicando aqui).
Problemas relacionados a detritos não são novos. Além dos riscos para os astronautas, a situação também é perigosa considerando os impactos disso em tecnologias como GPS e até mesmo nas conexões de internet.
Síndrome de Kessler
- A preocupação é tão grande que os cientistas criaram um termo para o problema do lixo espacial.
- A Síndrome de Kessler descreve um cenário em que detritos no espaço desencadeiam uma reação em cadeia: uma explosão envia uma nuvem de detritos que, por sua vez, colide com outros objetos espaciais, criando ainda mais detritos.
- O efeito cascata poderá continuar até que a órbita da Terra fique tão obstruída com lixo que os satélites se tornem inoperáveis e a exploração espacial tenha de parar completamente.
- Os investigadores discordam sobre o actual nível de risco e quando, exactamente, o congestionamento no espaço poderá atingir o ponto sem retorno.
- No entanto, todos concordam que existe um problema que precisa ser resolvido.
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É impossível prever quando e onde uma reação em cadeia poderá começar
Desde que os voos espaciais começaram em 1957, ocorreram mais de 650 “rupturas, explosões, colisões ou eventos anómalos que resultaram em fragmentação”, segundo a Agência Espacial Europeia. Alguns detritos são tão pequenos que não podem ser monitorados, o que não significa que não sejam extremamente perigosos.
Atualmente, o governo dos Estados Unidos rastreia 47 mil objetos espaciais. No entanto, os cientistas dizem que é impossível prever onde ou como um efeito cascata poderá começar. A maior dificuldade é prever o comportamento dos detritos no espaço. Há também outro impasse. A Síndrome de Kessler não é um evento instantâneo e pode durar meses, anos e até décadas, o que leva muitos cientistas a debater se o fenômeno já pode estar em andamento.
De qualquer forma, todos concordam que é preciso agir preventivamente. Uma das possibilidades é limpar o espaço, mas as técnicas desenvolvidas são muito caras e ainda estão em fase experimental. Outra questão importante é a regulamentação.
Em setembro de 2024, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou o chamado Pacto para o Futuro. O documento prevê que os países “discutam o estabelecimento de novos quadros regulamentares para o tráfego espacial, detritos espaciais e recursos espaciais através do Comité para a Utilização Pacífica do Espaço Exterior”. Especialistas em política espacial, porém, criticam a proposta e dizem que não há como garantir que as regras serão seguidas.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital do Olhar Digital
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