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Após a morte de Tomiko Itooka, do Japão, em 29 de dezembro de 2024, a freira brasileira Inah Canabarro Lucas, de 116 anos, acaba de ser reconhecida como a pessoa viva mais velha do mundo.
O título foi oficial neste sábado (4) para LongeviQuest, referência mundial no estudo e validação de casos de supercentenários – pessoas com mais de 110 anos – por meio de análise rigorosa de documentos e registros históricos.
Nascida em 8 de junho de 1908, em São Francisco de Assis, Rio Grande do Sul, Irmã Inah é bisneta do General David Canabarro, figura de destaque na Guerra dos Farrapos. Ela pode ser 11 dias mais velha do que o registrado, pois afirma ter vindo ao mundo no dia 27 de maio.
Segundo a biografia divulgada pela plataforma de pesquisa, Inah era um bebê tão frágil que muitos duvidavam que ela sobreviveria.
Em entrevista à entidade no ano passado, ela revelou que ingressou na vida religiosa aos 18 anos, no internato Santa Teresa de Jesus, em Santana do Livramento. Ela foi batizada em 1926 e, três anos depois, confirmou sua fé em Montevidéu, Uruguai. Retornou ao Brasil em 1930, onde iniciou sua carreira como professora de português e matemática no Rio de Janeiro. Em 1934, ela fez os votos perpétuos, tornando-se oficialmente freira.
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Ao longo das décadas, Irmã Inah dedicou-se à educação em diversas cidades, incluindo Itaqui, Santana do Livramento e Porto Alegre. Além de lecionar, desempenhou funções administrativas em escolas e comunidades religiosas. Após anos de trabalho, aposentou-se em 1995, mas manteve sua devoção e otimismo como inspiração para quem a conhecia.
Em 2018, ao completar 110 anos, recebeu a bênção apostólica do Papa Francisco, acompanhada de um certificado que exibe com orgulho. Quanto ao segredo de sua longevidade, Inah o atribui a Deus. “Ele é o segredo da vida e tudo mais.” Mas ela também tem outra paixão no peito: o Sport Club Internacional. “Escolhi a equipa porque é do povo. Não importa se você é rico ou pobre”, diz a “colorada”.
Além de ser a pessoa viva mais velha do mundo, a irmã Inah é a 20ª pessoa que viveu mais tempo na história documentada. Em 2022, tornou-se a brasileira viva mais velha e, no mesmo ano, garantiu o título em toda a América Latina. Vale ressaltar também que ela é a segunda freira com vida mais longa já registrada, atrás apenas da francesa Lucile Randon, que viveu até os 118 anos.
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