o destino de amostras da NASA

Rochas lunares coletados por astronautas de NASA durante as missões Apolo tem uma história peculiar de destruição, roubo ou desaparecimento. Recentemente, novo documentos liberados na Irlanda trouxeram à luz detalhes sem precedentes sobre o destino de uma destas preciosas amostras.

De acordo com o Arquivos Nacionais em Dublinuma das rochas lunares dadas à Irlanda como presente diplomático pelos Estados Unidos foi destruída em um incêndio no Observatório Dunsink em 1977. Embora o destino da rocha lunar da missão Apollo 11 fosse conhecido há décadas, os novos relatórios, acessado por Agência de Notícias PArevelar informações inéditas sobre o caso.

O presente lunar e o descuido inicial

• A amostra lunar, recolhida pela missão Apollo 11 em 1969, foi entregue ao então presidente irlandês, Éamon de Valera, pelo embaixador dos EUA, John DJ Moore, em 1970.
• No entanto, documentos mostram que as autoridades irlandesas não sabiam como lidar com o artefacto, que acabou guardado numa cave durante três anos.
• Somente em 1973, depois de os EUA terem presenteado a Irlanda com uma segunda rocha lunar da missão Apollo 17, é que o governo decidiu exibir a primeira amostra.
• “Foi decidido enviar a rocha lunar para Dunsink quando se soube que um segundo presente seria feito pelo governo dos EUA. Pensou-se que seria constrangedor se a primeira peça não estivesse exposta”, apontam os documentos citados pela Agência de Notícias PA.
• Embora a segunda amostra ainda estivesse segura, a primeira foi destruída num incêndio acidental no observatório astronômico irlandês em 3 de outubro de 1977.
• “A primeira peça foi destruída durante um incêndio em Dunsink”, destaca o relatório.

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Desaparecimentos generalizados

O caso da Irlanda não é isolado. Uma auditoria realizada pela NASA em 2011 descobriu que pelo menos 517 amostras de astromateriais desapareceram ou foram roubados entre 1970 e junho de 2010, incluindo centenas de amostras lunares. A investigação concluiu que a agência espacial não tinha controlos adequados sobre o empréstimo destes materiais, o que aumentava os riscos de perda destas relíquias únicas.

Entre 1970 e 1973, o então presidente dos EUA, Richard Nixon, distribuiu pequenas amostras de material lunar para 135 países e todos os 50 estados dos EUA como um gesto de boa vontade. Das 270 rochas entregues às nações, estima-se que 160 estejam desaparecidas.

Algumas dessas relíquias foram destinadas a líderes históricos controversos, como Muamar Gaddafida Líbia, e Nicolae Ceaușescu, da Roménia, bem como outras figuras obscuras da história. Embora algumas coleções tenham sido recuperadas, muitas rochas lunares continuam desaparecidas, representando uma perda irreparável para a ciência e para a história.