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O inseto de 2 mm é o animal mais barulhento em relação ao seu tamanho, emitindo até 99,2 decibéis ao estridular o órgão reprodutor masculino
Quando pensamos em animais barulhentos, é comum imaginar elefantes ou manadas de macacos nas árvores. Porém, considerando o tamanho do corpo, o título de mais barulhento pertence a um pequeno inseto aquático chamado Micronecta scholtziconhecido como “barqueiro de água”. Com apenas 2 milímetros de comprimento, esse pequeno ser surpreendeu os pesquisadores ao emitir sons incrivelmente altos por meio de um órgão incomum: seu pênis.
A descoberta foi apresentada em 2011 durante a conferência anual da Society for Experimental Biology, destacando o barqueiro aquático como o animal mais barulhento em relação ao seu tamanho. O som, que pode atingir até 99,2 decibéisé produzido através de um processo chamado estridulaçãoem que o inseto esfrega seu pênis contra a cabeça, semelhante ao movimento de um arco de violino pelas cordas.
Inseto produz som poderoso debaixo d’água
Apesar de viver em ambiente aquático, o som gerado pelo barqueiro é tão alto que pode ser ouvido por humanos caminhando próximos a rios e lagos. O professor James Windmill, da Universidade de Strathclyde, explicou a intensidade em uma entrevista de 2019 ao The Today Programme:
Embora 99% do som se perca ao passar da água para o ar, a música é tão alta que uma pessoa na costa pode ouvi-la claramente.
James Windmill, professor da Universidade de Strathclyde
O som, produzido para atrair parceiros, atinge a frequência de 10 kHz e é emitido por uma área minúscula, semelhante em largura a um fio de cabelo humano. Ainda assim, os cientistas não entendem completamente como o pequeno barqueiro consegue gerar tamanha intensidade sonora em uma área tão pequena.
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Implicações científicas e tecnológicas da descoberta do animal mais barulhento
Embora a “sinfonia” desses insetos não impressione pela qualidade musical, estudos sobre como eles produzem sons tão altos poderão inspirar avanços na tecnologia e biomimética. Os pesquisadores acreditam que a compreensão dos mecanismos dessa produção sonora pode levar ao desenvolvimento de novas tecnologias que reproduzam eficientemente sons ou vibrações em escalas menores.
Editor
Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdo para TV e internet.
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