A NASA anunciou nesta terça-feira (07) uma nova abordagem para seu programa de retorno de amostras de Marte, o Mars Sample Return (MSR). A agência espacial perseguirá duas “arquiteturas” de pouso distintas, com o objetivo de estimular a competição e a inovação entre os técnicos responsáveis pelos projetos. Além de buscar a opção mais econômica e de curto prazo.
Para chegar ao cenário atual, a instituição aceitou, em setembro de 2024, 11 estudos da comunidade da NASA sobre a melhor forma de devolver amostras marcianas à Terra.
Uma equipe de revisão estratégica, nomeada Equipe de revisão estratégica de devolução de amostra da Marsfoi incumbido de avaliar as produções apresentadas e recomendar uma versão inicial para a campanha, incluindo custos de produção e estimativas.
A expectativa é que a NASA confirme o programa escolhido a partir dos estudos e seu projeto oficial no segundo semestre de 2026.
Durante a formulação, a agência continuará a explorar dois meios principais de pousar a plataforma que irá recuperar amostras do planeta vermelho:
- A primeira opção é aproveitar os sistemas de entrada, descida e pouso já testados anteriormente. O método é ponte rolanteusado nas missões Curiosity e Perseverance.
- A segunda consiste em investir no uso de novas tecnologias para entregar a parte necessária do módulo de pouso à superfície de Marte.
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Para ambas as opções potenciais, a plataforma aterrissada carregará uma versão menor do Mars Ascent Vehicle, um foguete leve responsável por retirar amostras coletadas no planeta vermelho da órbita marciana.
Ele deverá ser transportado dentro do Sample Retrieval Lander, módulo de pouso responsável pela chegada e pouso na superfície de Marte, onde será abastecido com amostras e preparado para o lançamento.
O equipamento será o primeiro foguete a ser lançado da superfície de outro planeta. Depois de sair de órbita, o Earth Return Orbiter da Agência Espacial Europeia deve capturar e armazenar a cápsula com segurança para trazê-la à Terra.
“Seguir dois caminhos potenciais garantirá que a NASA seja capaz de trazer essas amostras de volta a Marte com custos significativos e economias de cronograma em comparação com o plano anterior”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson.
O futuro das amostras de Marte
A carga útil da nave consiste em 30 tubos que contêm rochas, gases e outros materiais encontrados na superfície de Marte. Segundo Nick Fox, que lidera a Diretoria de Missões Científicas da NASA, o retorno desse material coletado do solo marciano permitirá aos cientistas compreender a história geológica e a evolução climática do planeta, o que poderá responder se algum dia foi possível a existência de vida. lá.
O estudo das amostras também poderia preparar a humanidade para levar seus primeiros exploradores ao planeta vermelho em missões futuras.
“Estas amostras têm o potencial de mudar a forma como entendemos Marte, o nosso universo e – em última análise – a nós mesmos”, diz Nelson.
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