Segundo os cientistas, os ventos na superfície são quase seis vezes mais intensos que a velocidade de rotação do planeta.
Cientistas de todo o mundo passam anos concentrados na identificação de novos planetas. Uma das descobertas mais recentes impressionou até quem está acostumado com a diversidade do espaço.
Pesquisadores anunciaram a descoberta do planeta WASP-127b, um gigante gasoso localizado a mais de 500 anos-luz da Terra. O que chama a atenção, porém, é a presença dos ventos mais rápidos já identificados.
Rajadas de vento atingem níveis nunca antes registados
- De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a maior rajada de vento natural já registrada na Terra foi de 407 km/h.
- Isto é muito forte e pode causar grande destruição aqui.
- No espaço, por outro lado, parece ser um “chip”.
- Em planetas como Netuno, os ventos podem atingir velocidades de até 1.770 km/h.
- Mesmo assim, isso é muito pouco comparado à nova descoberta.
- Segundo os cientistas, as rajadas no WASP-127b ultrapassam a impressionante marca de 30 mil km/h.
- As conclusões foram descritas em um estudo publicado na revista Astronomia e Astrofísica.
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Estudo da atmosfera do planeta sugere explicação para o fenômeno
Com massa equivalente a 0,1647 vezes a de Júpiter, o planeta recém-descoberto tem ventos que chegam a 9 km por segundo, quase seis vezes a velocidade de rotação do WASP-127b. A explicação para isso está em sua atmosfera.
Segundo os cientistas, parte da atmosfera do planeta se move em nossa direção em alta velocidade, enquanto outra parte se afasta de nós na mesma velocidade. Este sinal mostra que existe um vento supersônico e muito rápido ao redor do equador do planeta.
A pesquisa foi realizada no VLT (Very Large Telescope), do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile. Além de medir a intensidade dos ventos, também forneceu pistas sobre os padrões climáticos deste mundo distante.
Segundo a equipe, os pólos de WASP-127b são mais frios do que outras áreas do planeta, e há uma pequena diferença de temperatura entre os lados matinal e noturno da estrela. Isso significa que possui um clima muito complexo, o que pode ajudar a entender como os exoplanetas se comportam.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital do Olhar Digital
Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.
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