Novo cimento comestível e resistente pode revolucionar a engenharia

janeiro 23, 2025
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Novo cimento comestível e resistente pode revolucionar a engenharia


A ideia é utilizar o produto na construção civil e em objetos de decoração, além de utilizar o cimento como alimento para quem precisa.

Imagem: reprodução/Fabula

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Pesquisadores da Universidade de Tóquio desenvolveram uma forma de transformar resíduos alimentares em uma espécie de cimento biodegradável. A ideia é utilizar o produto na construção civil e em objetos de decoração, como vasos e louças.

Além de desonerar os aterros e ajudar o meio ambiente, a nova técnica também permite a ingestão do material, evitando desperdícios. Isso porque é considerado comestível se for partido e fervido.

As matérias-primas utilizadas são de origem 100% natural

  • Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de um bilhão de refeições vão para o lixo todos os dias em todo o planeta.
  • Isso significa que 300 quilos de alimentos são jogados fora por pessoa a cada ano.
  • Enquanto isso, mais de 780 milhões de pessoas passam fome.
  • Para tentar minimizar esse grave problema, os professores japoneses Kota Machida e Yuya Sakai fundaram a startup Fábulaque funciona para evitar o desperdício de alimentos.
  • Foi a partir deste projeto que conseguiram desenvolver cimento sustentável e comestível.
  • Eles explicam que as matérias-primas utilizadas são de origem 100% natural e originalmente eram consideradas alimentos.
  • O próximo passo é estudar a criação de materiais que também tenham a possibilidade de misturar temperos, deixando o cimento mais saboroso.
Pratos feitos com cimento sustentável e comestível (Imagem: reprodução/Fabula)

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O cimento tem resistência superior

Os responsáveis ​​pela criação do produto afirmam que a produção de cimento é muito simples. Os resíduos de alimentos secos são triturados e transformados em pó. Em seguida, são enviados para uma prensa a quente e colocados em diversos moldes.

Ao alterar o método de secagem ou pulverização e a temperatura durante a prensagem a quente, pode-se obter uma variedade de cores, texturas e aromas. Também é possível misturar diferentes restos de comida.

Material é mais resistente que o cimento tradicional (Imagem: reprodução/Fabula)

Outras empresas já haviam realizado experiências semelhantes no passado. No entanto, eles encontraram a necessidade de um componente plástico na mistura para unir o material. No Fabula isso acontece apenas com um ajuste de pressão.

Os restos de alimentos testados com sucesso para produção até o momento foram borra de café, cascas de banana e laranja e repolho chinês. Apresentaram resistência até quatro vezes maior que o concreto tradicional. Uma placa fina de apenas 5 mm pode suportar um peso de 30 kg e tem potencial para se tornar um excelente material de construção no futuro, dizem os pesquisadores.

Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital do Olhar Digital

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.



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