Investigadores descobriram evidências de que o Mar Mediterrâneo sofreu uma “mega inundação” que mudou para sempre a paisagem da região
A Terra passou por uma série de grandes eventos naturais, muitos dos quais desconhecidos pela ciência, que moldaram o nosso planeta tal como o conhecemos hoje. Um deles teria acontecido há cerca de cinco milhões de anos.
Pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, anunciaram a descoberta de evidências de que o Mar Mediterrâneo sofreu uma “mega inundação”. Isto teria encerrado um longo período em que o local era uma vasta extensão de salinas, onde a água do mar seca e o sal é produzido.
Inundação colossal mudou a paisagem da região
- O entendimento actual é que o período de seca na região terminou gradualmente, com o Mediterrâneo a encher-se novamente de água durante um período de 10.000 anos.
- No entanto, um novo estudo desafia esta hipótese ao apresentar evidências de um canal de erosão que se estende desde o Golfo de Cádiz até ao Mar de Alborão.
- Isto indicaria um evento único e massivo de inundação, com um fluxo equivalente a um milhão de metros cúbicos por segundo.
- Segundo os cientistas, o evento, chamado Megaflood de Zanclean, foi muito maior do que qualquer outra inundação conhecida na história da Terra.
- A força deste fenómeno foi tão grande que, na altura, o Mar Mediterrâneo ficou isolado do Oceano Atlântico e evaporou.
- Este cenário resultou na criação de diversas jazidas de sal que remodelaram a paisagem da região.
- As descobertas foram descritas em um estudo publicado na revista Nature Communications Terra e Meio Ambiente.
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A água teria atingido velocidades de até 32 metros por segundo
As conclusões foram apresentadas após a utilização de dados de reflexão sísmica. Este é um tipo de ultrassom geológico que permite aos cientistas ver camadas de rochas e sedimentos abaixo da superfície. Foi assim que descobriram um canal com o formato da letra W, a leste do Estreito da Sicília, na atual Itália.
Este estreito forma uma ponte terrestre submersa que anteriormente separava as bacias ocidental e oriental do Mediterrâneo. No local foram analisadas mais de 300 cristas, que apresentaram composição compatível com erosão causada por fluxo turbulento de água de grande escala, com direção predominantemente nordeste.
A partir daí, a equipe desenvolveu modelos computacionais para simular como a água poderia ter se comportado. Os cientistas sugerem que a inundação teria mudado de direção e aumentado de intensidade ao longo do tempo. A água pode ter atingido velocidades de até 32 metros por segundo, abrindo canais mais profundos, erodindo cada vez mais material e transportando-o por distâncias maiores.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital do Olhar Digital
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