Uma pedra fronteiriça romana de quase 2.000 anos, desenterrada em um sítio arqueológico no norte de Israel, lança luz sobre a complexa organização administrativa do Império Romano durante a tetrarchia.
A pedra, que mede mais de um metro de altura, foi encontrada em 2022 por pesquisadores da Universidade Hebraica em Abel Beth Maacah, uma antiga cidade bíblica mencionada em textos religiosos e históricos. A cidade, localizada em uma grande rota comercial, desempenhou um papel estratégico na região.
Pedra fronteiriça revela segredos da organização do Império Romano
A tetrarquia romana era um sistema de governo instituído pelo imperador Diocleciano em 293 dC, que dividiu o Império Romano em quatro partes, cada uma governada por uma tetraca – dois agosto (diocleciano e maximiano) e dois Caesars (Constantius e Gallerio). Este sistema teve como objetivo descentralizar o poder e facilitar a administração do vasto império, além de lidar com as constantes crises políticas e militares da época
- A pedra menciona todos os quatro governantes, destacando a autoridade conjunta que eles exerceram sobre o Império e a importância de demarcar os territórios sob sua jurisdição.
- O registro também detalha as reformas tributárias implementadas pelo Diocleciano, que visava aumentar a cobrança de impostos e fortalecer as finanças do Império.
- Uma dessas reformas determinou que os habitantes de uma vila eram responsáveis pelo pagamento de impostos sobre todas as terras dentro dos limites da vila, mesmo aqueles improdutivos ou abandonados.
- Essa medida, segundo os pesquisadores, pode ter contribuído para o abandono de terras nas áreas remotas do Império, pois os custos de manter a terra improdutiva se tornaram excessivos para as comunidades locais.
- Fontes judaicas da época sugerem que essas reformas geraram descontentamento entre a população, levando a protestos e migrações.
A inscrição na pedra, fabricada em basalto, revela que foi originalmente erguida entre 296 e 297 dC durante o reinado dos imperadores diocleciano e Maximiano. A escolha do basalto, uma rocha vulcânica conhecida por sua durabilidade, explica a excelente preservação da inscrição ao longo dos séculos.
Curiosamente, a pedra foi reutilizada como um marcador de túmulos durante o período Mameluco na Palestina, demonstrando sua durabilidade e a longa história da região, que passou por várias transformações culturais e políticas ao longo dos séculos.
![A Alderlit Stone revela segredos do Império Romano](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2025/02/pedra-milenar-romana-1024x971.jpg)
A descoberta desta pedra, juntamente com outras 20 encontradas na mesma área do vale de Hula, sugere que a região foi dividida em pequenas propriedades rurais, administradas por agricultores independentes. Essa organização social e econômica, com ênfase em pequenas unidades agrícolas, era característica de muitas áreas rurais do Império Romano.
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A inscrição na pedra também revela o nome do censor responsável pela região, Basilikos, um nome até então desconhecido para os historiadores. Essa descoberta fornece informações valiosas sobre a administração local e a estrutura social da época, permitindo que os pesquisadores reconstruam a hierarquia administrativa e identifiquem indivíduos que exerceram poder em diferentes níveis da sociedade romana.
A pesquisa completa foi publicada na revista científica Palestina Exploration Quarterly.
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