O que é fraude alimentar? Este termo é definido como uma ação intencional de uma pessoa ou indústria da cadeia agroalimentar, com o objetivo principal de obter ganho económico. Essa adulteração visa modificar produtos para aumentar o lucro de quem os fabrica ou vende. Alimentos de alto valor agregado, como mel, azeite e carne bovina, são os mais visados.
Nessas situações, os fraudadores podem adicionar xarope de milho ao mel, outros óleos vegetais ao azeite ou misturar carnes de diferentes espécies com carne bovina.
O tipo de fraude mais comum é a adulteração, onde o fabricante dilui o conteúdo original ou adiciona ingredientes como água e amido para aumentar a quantidade do produto final. Esta informação, obviamente, não é mencionada no rótulo ou na embalagem. O amido é frequentemente usado em temperos, enquanto a água pode ser adicionada a leites, sucos e outras bebidas sem alterar significativamente o sabor.
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O que é fraude alimentar?
Além das situações já mencionadas, como a adição de amido, água ou outras substâncias para aumentar o volume dos alimentos, outras estratégias fraudulentas incluem a utilização de aditivos artificiais para alterar a cor e a aparência dos alimentos, a aplicação de biocidas proibidos, a omissão ou deturpação de informações nutricionais e a remoção de compostos originais dos alimentos.
Esta preocupação está presente em todo o mundo, cada país possui órgãos criados para combater esta fraude, como o Autoridade de Segurança Alimentar e Económica de Portugalpor exemplo.
Além disso, a venda de cargas roubadas também é considerada fraude.
Que riscos a fraude alimentar representa para a saúde?
Os riscos de fraude alimentar são significativos. Além de terem impacto económico, têm graves consequências para a saúde pública. Por exemplo, uma pessoa alérgica ao leite de vaca pode sofrer uma reação alérgica grave ao consumir queijo supostamente feito de leite de cabra, mas adulterado com ingredientes de origem bovina.
Alérgicos e veganos: cuidado!
A fraude alimentar sem glúten pode causar sérios problemas para quem tem doença celíaca. Questões religiosas também são afetadas. Os consumidores que seguem dietas específicas por motivos de fé podem ser enganados por produtos fraudulentos, como hambúrgueres “100% bovinos” contendo carne de porco ou produtos vegetarianos e veganos contendo ingredientes de origem animal.
Identificar a fraude alimentar pode ser um desafio, pois muitas mudanças são sofisticadas e imperceptíveis para o consumidor. A fiscalização é responsabilidade de cientistas e instituições, como Mapa e Anvisa no Brasil. No entanto, a inovação tecnológica pode ajudar a combater a fraude. Ferramentas de biologia molecular e sequenciamento genético, por exemplo, são utilizadas para verificar a origem dos produtos.
Para se protegerem, os consumidores devem ter cuidado com preços muito baixos e procurar selos de inspeção nos rótulos dos alimentos. Mudanças perceptíveis no sabor, textura ou aroma de produtos consumidos com frequência também devem ser comunicadas às empresas ou órgãos oficiais, ajudando a detectar fraudes que possam estar fora do radar.
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