A febre Oropouche está se tornando mais comum este ano e já fez vítimas no Brasil. Conforme relatado por Olhar Digital Nos últimos dias, foram confirmadas aqui as duas primeiras mortes pela doença no mundo.
Um novo estudo levantou um alerta: só em 2024, a incidência de casos aumentará quase 200 vezes em relação à década anterior. O vírus também aumentou sua capacidade de replicação e de escapar da neutralização.
Febre Oropouche é mais comum no Brasil
Um estudo publicado recentemente no repositório medRxiv delineou uma visão geral da epidemia do vírus oropouche, que causa a febre oropouche. O trabalho ainda não foi revisado por pares. Os resultados permitiram analisar a evolução dos casos e revelaram um aumento de quase 200 vezes na incidência da doença só neste ano em relação à última década. Veja como foi feito o estudo:
- Os pesquisadores analisaram dados sobre o arbovírus OROV, causador da febre oropouche, entre 1º de janeiro de 2015 e 29 de junho de 2024. Também caracterizaram os dados in vitro e in vivo;
- De acordo com Agência FAPESP, o primeiro passo foi testar um grupo de 93 pacientes amazonenses com doença febril não identificada e negativo para malária. Os testes ocorreram entre dezembro de 2023 e maio de 2024, por meio de teste PCR (Polymerase Chain Reaction, em português);
- 10,8% dos casos testados foram positivos para OROV. Os soros de sete destes pacientes positivos foram isolados em culturas celulares;
- Em seguida, os soros isolados foram utilizados para testar a capacidade replicativa do vírus em diferentes células (de primatas e animais). A análise comparou os resultados com um antigo isolado do vírus OROV;
- A comparação permitiu analisar a capacidade de ambas as versões do vírus serem neutralizadas por anticorpos presentes no soro de camundongos e humanos infectados com oropouche até 2016.
Não apenas mais comum: Oropouche está replicando mais rápido
Além de ser mais comum no Brasil, o estudo constatou que o atual vírus oropouche se replica 100 vezes mais que o protótipo (o vírus antigo). Além disso, a versão atual produziu 1,7 vezes mais placas, que são 2,5 vezes maiores. Ou seja, a virulência (capacidade de replicação dentro do corpo) também é maior.
Os pesquisadores também infectaram ratos com ambas as cepas de oropouche (a atual e a antiga). Afirmaram que o soro do vírus antigo não protege contra o novo. A capacidade de neutralização foi pelo menos 32 vezes menor.
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A doença é causada por arbovírus
A febre Oropouche é uma doença causada pelo arbovírus OROV. Ele infecta artrópodes e é transmitido por moscas sugadoras de sangue, como o inseto conhecido como flebotomíneos.
Segundo o Ministério da Saúde, um exemplar do vírus foi isolado no Brasil pela primeira vez em 1960, a partir de uma amostra de sangue de uma preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
Desde este caso, surtos e outros casos isolados foram registrados no Brasil, principalmente nos estados da região amazônica. Bolívia, Colômbia e Peru também registraram casos (e um aumento deles, assim como o Brasil).
Transmissão de oropouche
A transmissão pode acontecer de duas maneiras. A primeira é pelo contato direto com animais hospedeiros, como preguiças e primatas. A segunda está no ciclo urbano, com os mosquitos atuando como vetores do vírus entre os humanos.
Sintomas da febre Oropouche
Os sintomas da febre oropouche são semelhantes aos da dengue. Eles incluem dor de cabeça intensa e muscular, náusea e diarréia.
Tratamento
Ainda não existe tratamento específico para a febre oropouche. A recomendação é repouso e acompanhamento médico.
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