Sentir choques sem estímulo externo pode ser sinal de alerta

Você já sentiu choques percorrendo todo o seu antebraço depois de bater o cotovelo contra um objeto duro? Isso acontece devido ao estímulo gerado pelo impacto. No entanto, em alguns casos, é possível sentir estes efeitos sem qualquer explicação aparente.

Os choques podem ter várias explicações

• Os cientistas explicam que a função dos nervos é transmitir mensagens do corpo para o cérebro e vice-versa que são captadas pelos diversos receptores, por meio de impulsos elétricos.
• Portanto, a sensação de choque pode ter a ver com estímulos externos, como uma colisão.
• Porém, se acontecer por algum motivo aparente, pode ser sinal de parestesia, conjunto de sensações atípicas não causadas por estímulos externos e que podem afetar qualquer parte, da cabeça aos pés.
• Entre as causas mais comuns desta condição estão compressão, inflamação e danos nos nervos.
• As informações são de UOL.

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A sensação também pode ser causada por problemas mentais

Vários distúrbios podem apresentar sensações de choque. A neuralgia do trigêmeo, que se tornou muito conhecida nos últimos tempos, a partir de relatos de Carolina Arruda, a brasileira que sente as piores dores do mundo, é uma delas. Esse problema geralmente é causado pela compressão do nervo trigêmeo, no crânio, capaz de produzir dores faciais intensas, acompanhadas de choques locais, principalmente ao comer e falar. A causa não é tão fácil de identificar, mas geralmente está relacionada à pulsação arterial sobre o nervo.

Os choques espinhais estão relacionados principalmente à compressão das raízes nervosas devido a hérnias de disco e bicos de papagaio. Se for por osteoartrite, aumentará o volume do osso e reduzirá o espaço por onde passa o nervo, fazendo com que essa compressão seja sentida e, eventualmente, choque nas pernas, em caso de envolvimento da coluna lombar, ou nos braços, em caso de envolvimento da coluna cervical.

Os estalos também podem sinalizar a existência da síndrome do túnel do carpo, que surge em decorrência da compressão do nervo mediano, que passa por esse túnel, localizado entre o punho e as mãos. Outra possibilidade é a síndrome miofascial, que atinge a região temporomandibular, mas também cabeça e pescoço, devido à contração muscular e inflamação das terminações nervosas devido à postura incorreta e ao esforço físico repetitivo; e esclerose múltipla, envolvendo compressão da medula espinhal.

Os choques, bem como alterações na sensibilidade, como dormência, formigamento, queimação e, em casos mais graves, perda de força e controle, também podem indicar que os nervos estão sendo afetados por diabetes, transtornos mentais e, às vezes, infecções, como por tuberculose, herpes zoster e, mais raramente, tumores, abcessos e meningite.

Do ponto de vista mental, a ansiedade, o estresse e os ataques de pânico são fatores que podem afetar os nervos com tensão, inflamação e compressão. Essas manifestações atípicas, de choque, formigamento, tremor, podem ter origem psicossomática e corresponder a substâncias que o organismo produz, como a serotonina e a adrenalina. Mas também podem dever-se a efeitos simbólicos, não químicos e desligados da realidade, dizem os especialistas.

Por isso, a recomendação quando essas dores de corrimento são sentidas com frequência e o motivo é desconhecido é procurar um médico.