Substância similar à anfetamina é encontrada em vapes no Brasil

agosto 15, 2024
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Substância similar à anfetamina é encontrada em vapes no Brasil


Embora ainda não se saiba exatamente o que compõe os chamados cigarros eletrônicos, diversos estudos já identificaram substâncias tóxicas nos produtos, também conhecidos como vapes. Agora, pela primeira vez, um estudo encontrou uma substância semelhante à anfetamina, uma droga sintética que aumenta o vício.

Drogas sintéticas causam dependência e outros problemas

A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina em parceria com a Polícia Científica do estado. Na análise, conseguiram identificar a octodrina, que é da mesma família da anfetamina e tem efeitos semelhantes.

A substância em questão é uma droga sintética estimulante que atua no sistema nervoso central. Causa agitação e, consequentemente, afeta também o sistema cardiovascular, causando taquicardia.

Consumo de cigarro eletrônico pode causar sérios danos à saúde (Imagem: Fotogrin/Shutterstock)

Em outras palavras, a octodrina pode aumentar o potencial de dependência dos cigarros eletrônicos. Além disso, é um grande obstáculo para quem toma a decisão de parar de fumar. Segundo a equipe responsável pela descoberta, ainda é preciso saber quanto da substância os cigarros eletrônicos contêm e quais impactos essa exposição pode causar na saúde dos usuários.

Segundo o trabalho, a droga estava presente em três marcas diferentes de vapes que circulam ilegalmente no Brasil. Além disso, nenhuma embalagem do produto indicava a presença da substância. As informações são de G1.

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O uso de vapes se tornou um problema de saúde pública no Brasil (Imagem: DedMityay/Shutterstock)

O uso de vapes é proibido no Brasil

  • No Brasil, o uso de cigarros eletrônicos é ilegal.
  • Em abril deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter a proibição de fabricação, venda, importação e publicidade de vapes.
  • O transporte e armazenamento destes dispositivos também não são permitidos.
  • A determinação da Anvisa seguiu decisões internacionais, como a da Organização Mundial da Saúde (OMS), que também é contra o cigarro eletrônico.
  • Apesar disso, é fácil encontrar os produtos à venda nas ruas do país.
  • Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 17% dos estudantes de 13 a 17 anos já usaram cigarros eletrônicos.
  • O maior desafio é combater a entrada ilegal de vapores através das fronteiras.
  • De janeiro a abril deste ano, foram apreendidas 615 mil unidades contrabandeadas, totalizando uma média de R$ 27 milhões.





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