A Butanvac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan, não passou da fase 2 dos testes clínicos com voluntários. A instituição informou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira (23) que decidiu suspender o desenvolvimento da vacina por conta disso.
Apesar de não ter alcançado o resultado esperado da imunização, a Butanvac não apresentou riscos de segurança aos voluntários.
Butanvac tem imunização menor que Pfizer
O estudo de fase 2 no Brasil analisou a segurança e a capacidade da Butanvac de induzir uma resposta imunológica para ser usada como vacina de reforço contra a Covid-19. Foram 400 voluntários com idades entre 18 e 59 anos que já haviam sido imunizados.
Diante da dificuldade de encontrar pessoas que ainda não tivessem sido expostas ao vírus na primeira fase do ensaio, o Instituto Butantan decidiu mudar sua estratégia. Na fase 2, metade dos voluntários recebeu a Butanvac e a outra, a vacina de reforço da Pfizer. A análise foi realizada de forma comparativa.
O resultado encontrado é que a vacina brasileira não atingiu o limiar de não inferioridade, ou seja, não produziu anticorpos maiores ou iguais ao da Pfizer.
Outro objetivo dos testes foi avaliar a taxa de soroconversão, quando os participantes não possuem anticorpos contra o vírus antes de receberem a vacina e quantos possuem após 28 dias da aplicação. Nesse quesito, a Butanvac também teve desempenho pior que a Pfizer.
A vacina do Butantan foi adaptada para proteger contra as variantes micron B.1 e B.4/B.5, em circulação no início dos testes, além da variante original originada em Wuhan (China). A quantidade de anticorpos produzidos também foi menor em comparação com a Pfizer.
O Folha de S.PauloEsper Kallás, diretor do instituto, os voluntários continuarão sendo avaliados por um ano, mas o desempenho abaixo do esperado foi considerado um fator para não levar o desenvolvimento adiante.
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Como funciona a Butanvac
A Butanvac é produzida com o vírus da doença de Newscastle (Inglaterra), que infecta aves. É modificado para conter a proteína Spike S (usada pelo SARS-CoV-2 para infectar células humanas). O detentor da tecnologia responsável pelos testes pré-clínicos em animais é o hospital Mount Sinai, nos Estados Unidos. A vacina é testada lá, além de Brasil, México, Tailândia e Vietnã.
Porém, existem diferenças entre as vacinas para cada local. Existem duas formulações: a primeira é atenuada, em que o vírus Newscastle possui infecciosidade reduzida para não causar infecções; a segunda é inativada, quando o vírus está inativo e incapaz de causar doença. A primeira versão é testada nos EUA e no Vietnã. A segunda, no Brasil, México e Tailândia.

O que significa a suspensão da vacina?
- A Butanvac foi anunciada em 2021 pelo então governador de São Paulo João Dória. O imunizante seria o primeiro 100% brasileiro;
- Na época, Dória afirmou que encomendou a fabricação de 18 milhões de doses ao Instituto Butantan;
- Após os resultados, o comunicado do Butantan à Anvisa indicou que o desenvolvimento da vacina seria encerrado;
- Segundo Kallás, o ensaio clínico cumpriu seu papel, ainda que não tenha apresentado o desempenho esperado;
- Apesar da suspensão da Butanvac, o desenvolvimento de outras vacinas (incluindo uma que utiliza RNA mensageiro, como a da Pfizer) está em aberto.
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