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À medida que envelhecemos, as nossas capacidades cerebrais tendem a deteriorar-se. Esquecemos os fatos com mais frequência e o raciocínio pode ficar mais lento. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento humano. Mas talvez, no futuro, isso possa ser evitado com uma ajudinha de uma substância presente na cannabis.
Um novo experimento científico descobriu que o tetrahidrocanabinol (THC), principal ingrediente ativo da planta, é capaz de retardar os sinais convencionais de envelhecimento cerebral em ratos. Detalhes da investigação foram publicados na revista Farmacologia e Ciência Translacional ACS.
Como a cannabis mantém os cérebros dos ratos “jovens”
- Pesquisas anteriores já revelaram que baixas doses de cannabis podem melhorar a memória e a capacidade de aprendizagem de ratos idosos.
- No novo experimento, os cientistas exploraram a relação entre o THC e a cognição e descobriram o que está por trás do efeito antienvelhecimento.
- Nele, dois grupos de ratos – mais jovens e mais velhos – receberam uma dose diária baixa de THC durante 28 dias. Alguns deles não receberam nada, para comparar resultados.
- Entre os animais que tomaram a dose, houve aumento da atividade de uma proteína chamada mTOR, associada à regulação saudável do metabolismo celular.
- Já no tecido adiposo, essa mesma atividade proteica diminuiu, o que ajuda a reduzir certos processos ligados ao envelhecimento biológico.
- Além disso, os ratos também apresentaram maior produção de proteínas necessárias para formar novas sinapses entre os neurônios do cérebro.
- Esses fatores, juntos, mantiveram os cérebros dos ratos “mais jovens”.
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O tratamento a longo prazo com baixas doses de cannabis parece melhorar a capacidade cognitiva e causar alterações nos processos metabólicos e sinápticos do cérebro que ajudam a prevenir o envelhecimento. Pelo menos é o que acontece com ratos de laboratório.
No entanto, a cannabis pode ter efeitos positivos e negativos no cérebro humano. Portanto, novas descobertas ainda precisam ser observadas e estudadas em nosso organismo.
De qualquer forma, mesmo sem certezas, o que já sabemos sobre os ratos é um caminho para a ciência encontrar formas de evitar que o cérebro humano se deteriore ao longo do tempo. Quem sabe, no futuro, um medicamento à base de cannabis manterá as nossas mentes jovens e saudáveis.
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