O tempo é crucial em situações médicas urgentes. Por exemplo, num acidente de carro, a vítima que sofre ferimentos graves precisa ser transportada rapidamente para o hospital. Se demorar muito, o corpo do paciente pode não suportar os danos e ele pode morrer no caminho.
Induzir uma espécie à hibernação, onde o organismo esfria e os processos metabólicos ficam mais lentos, pode ajudar a ganhar tempo nessas situações e salvar vidas. Porém, ainda é muito difícil realizar esse tipo de manobra sem recursos específicos. Um novo estudo, no entanto, fez uma descoberta que pode mudar isso.
Pesquisadores do Instituto Wyss de Engenharia Biológica Inspirada, parte da Universidade de Harvard, descobriram uma droga que pode induzir um estado chamado torpor em girinos. A substância em questão é utilizada no tratamento do Alzheimer. O estudo foi publicado na ACS Nano.
O que é torpor?
Torpor é um estado de dormência semelhante à hibernação. Vários animais podem entrar por dias e até semanas. Quando isso acontece, o corpo sofre uma queda na temperatura e uma desaceleração nos processos metabólicos que ajudam a armazenar energia. Geralmente esse momento ocorre quando há poucos recursos alimentares.
A ideia de induzir os humanos a esse estado não é nova. Resfriar e desacelerar o metabolismo ajuda a reduzir lesões e problemas de longo prazo decorrentes de condições graves. Mas só hospitais bem equipados podem fazer isso.
Leia mais:
A medicina pode simplificar o processo de hibernação artificial
Uma forma de simplificar a indução da hibernação em humanos é encontrar um medicamento que possa desencadeá-la. O SNC80 foi o primeiro medicamento encontrado com sucesso em testes em girinos, mas em humanos poderia causar convulsões, por isso foi descartado.
Com a ajuda de um algoritmo computacional baseado em aprendizado de máquina, os cientistas buscaram outras opções semelhantes e o melhor candidato foi o cloridrato de donepezila (DNP), medicamento utilizado no tratamento do Alzheimer.
Experiência bem sucedida
- O cloridrato de donepezila foi testado em um grupo de girinos.
- Apesar de conseguir induzi-los ao torpor, após administração de 2 a 3 horas, os animais começaram a apresentar toxicidade.
- Para contornar o problema, os pesquisadores prenderam os girinos em uma cápsula com nanoemulsão.
- Isso possibilitou induzir o torpor por mais tempo, sem causar danos aos animais e reduzindo a mobilidade, a frequência cardíaca e o consumo de oxigênio.
- Segundo os cientistas, a indução foi totalmente reversível.
O DNP já foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, tem baixa toxicidade, pode ser facilmente administrado e produzido em escala. Certamente tem potencial para ser aplicado a humanos no futuro. Embora ainda demore muito até que o medicamento esteja presente nas ambulâncias, a ideia é promissora.
empréstimo empresa privada
consulta bpc por nome
emprestimo consignado caixa simulador
seguro cartão protegido itau valor
itaú portabilidade consignado
simular emprestimo consignado banco do brasil
empréstimo consignado menor taxa