Existem duas formas principais de medir a pressão arterial dos pacientes: o tradicional manguito inflável, comum nos lares brasileiros, e os cateteres inseridos na artéria para monitorar as oscilações por um período prolongado de tempo, normalmente usados em hospitais. No entanto, cada uma destas tecnologias tem os seus desafios, desde riscos de infecção até medições imprecisas.
Cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e da startup Esperto Medical (também da Califórnia) criaram uma tecnologia que promete ser mais precisa na hora de medir a pressão arterial. A inspiração foi peculiar: eram baseadas em cordas de violão.
Medir a pressão arterial tem seus desafios
Manômetros caseiros, posicionados no braço para fazer leituras rápidas, funcionam bem. No entanto, eles não são totalmente precisos e podem perder oscilações sutis ou não se ajustar totalmente ao braço do paciente, o que também pode causar erros.
Em situações mais críticas, quando a medição da pressão arterial precisa ser precisa, os profissionais utilizam cateteres arteriais, inseridos na artéria do paciente.
Além de precisa, essa técnica permite medição contínua (até dias contínuos), mas também tem seus riscos, como dor local, infecção ou hemorragia, sem falar na dificuldade inicial de calibração do aparelho (que também pode causar desconforto para o paciente).
Os cientistas queriam uma tecnologia de pressão mais simples
Com isto em mente, os cientistas da Califórnia queriam uma técnica mais simples e igualmente precisa. Eles se inspiraram nas cordas do violão e do violão.
Isso porque, para afinar instrumentos, é necessário tensionar as cordas até que elas ressoem no tom ou na frequência desejada. O caminho oposto é igualmente possível: tensionar as cordas para medir a sua frequência atual.
O sistema, denominado “sonomanometria ressonante”, funciona assim. Vamos entrar em detalhes:
- Os cientistas usam um transdutor externo para enviar pulsos de ultrassom. Eles viajam através da pele e dos tecidos do paciente para causar reações acústicas em uma artéria;
- Os ecos do pulso são refletidos na artéria e retornados ao transdutor;
- Nele é possível analisar como as dimensões das artérias mudam à medida que ela vibra, permitindo medir a pressão arterial.
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Nova técnica para medir a pressão arterial é precisa
Os pesquisadores testaram a nova técnica nas artérias carótida, axilar, braquial e femoral de voluntários humanos. As leituras foram comparadas com outros métodos de pressão arterial e consideradas eficazes.
De acordo com a pesquisa, publicada na revista Nexus do PNASno futuro será possível substituir o transdutor de ultrassom por um dispositivo muito menor que possa ser usado continuamente no paciente.
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