Ninguém entra em um relacionamento pensando em terminá-lo. Mas no fundo, principalmente nos mais recentes, sempre fica aquela dúvida: será que vai acontecer desta vez? Quanto tempo isso vai durar? Somos realmente feitos um para o outro?
Essas perguntas são extremamente difíceis de responder. Uma bola de cristal ajudaria muito – se realmente funcionasse. Nossa aposta aqui é na Ciência. E um estudo de 2015 pode nos ajudar nessa questão.
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Uma equipe interdisciplinar de Universidade do Sul da Califórnia treinou um algoritmo de computador que pode prever o sucesso conjugal de um casal. Segundo os pesquisadores, a máquina teve uma impressionante taxa de sucesso de 79%.
Os cientistas perceberam que a chave para relacionamentos duradouros é a comunicação. Não apenas o conteúdo, mas também a forma. Em outras palavras, não basta analisar as palavras. Tão importantes são o tom de voz e a maneira como você fala.
Como eles fizeram essa pesquisa?
- A equipe gravou centenas de conversas de mais de cem casais durante sessões de terapia.
- Esses casais foram acompanhados por dois anos e depois os cientistas monitoraram seu estado civil durante os cinco anos seguintes.
- O algoritmo dividiu as gravações por características acústicas, utilizando técnicas de processamento de fala.
- Isso incluía o tom, a intensidade, a “contração” e até o “brilho” da fala de cada pessoa.
- Também analisaram o impacto de cada afirmação no parceiro – e a reação da outra pessoa a ela.
- Os casais que adotaram um tom de voz mais agressivo ou quando ambos usaram um tom mais autoritário não duraram muito.
“Psicólogos e investigadores sabem que a forma como os parceiros falam e discutem os problemas tem implicações importantes para a saúde das suas relações. No entanto, a falta de ferramentas eficientes e fiáveis para medir os elementos importantes nestas conversas tem sido um grande impedimento à sua utilização clínica generalizada. Estas descobertas representam um grande passo em direção a tornar a medição objetiva do comportamento prática e viável para os terapeutas de casais”, disse Brian Baucom, um dos autores do estudo.
O mercado e o tom de voz
Hoje, 9 anos depois, esta mesma técnica tem sido utilizada por algumas empresas de Marketing e Publicidade. A ideia é entender melhor os sentimentos do consumidor e personalizar campanhas e estratégias, detectando padrões de voz que indiquem frustração, satisfação ou confusão.
É a proposta de uma startup estrangeira chamada Cogito. A empresa usa software de inteligência emocional em tempo real que incorpora IA e aprendizado de máquina para analisar chamadas de voz e ajudar os call centers a interagir melhor com seus clientes.
O algoritmo registra e analisa pontos das conversas, como a velocidade e as pausas durante o diálogo, mede a compaixão e o cansaço na voz do agente, bem como o tom de sua voz, além de identificar palavras-chave faladas pelos clientes.
No final das contas, Cogito sugere onde a empresa pode melhorar para cativar seu público-alvo.
Portanto, seja no mercado ou na vida pessoal, o tom de voz e a forma como falamos podem definir um relacionamento duradouro ou um novo cliente.
As informações são de As notícias – Waffle.
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