Antidepressivo mostra potencial no tratamento de câncer incurável

setembro 21, 2024
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Antidepressivo mostra potencial no tratamento de câncer incurável


Um antidepressivo mostrou potencial promissor no combate ao glioblastoma, um tipo agressivo e fatal de câncer no cérebro. Estudos recentes realizados na ETH Zurique e no Hospital Universitário de Zurique, na Suíça, revelaram que a vortioxetina, antidepressivo já aprovado por órgãos como FDA nos Estados Unidos, Swissmedic na Suíça e Anvisa no Brasil, pode ser eficaz contra células tumorais.

O glioblastoma é um tumor cerebral particularmente agressivo e atualmente incurável. Apesar dos esforços para prolongar a vida dos pacientes através de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, a maioria dos pacientes não sobrevive mais de um ano após o diagnóstico. Os tratamentos são limitados devido à dificuldade dos medicamentos em atravessar a barreira hematoencefálica e chegar ao cérebro.

Os antidepressivos podem ajudar a tratar o câncer incurável. (Imagem: Prostock-Studio/iStock)
  • A equipe liderada pelo professor Berend Snijder, da ETH Zurique, fez uma descoberta significativa utilizando a plataforma de farmacoscopia desenvolvida pela instituição.
  • Esta tecnologia permite testar simultaneamente centenas de substâncias ativas em tecidos cancerígenos humanos.
  • O estudo concentrou-se em substâncias neuroativas, como antidepressivos, medicamentos para Parkinson e antipsicóticos, testando um total de 130 agentes em tecido tumoral de 40 pacientes.

Eficácia surpreendente da vortioxetina

Entre os antidepressivos testados, a vortioxetina destacou-se pela eficácia contra células tumorais. Foi demonstrado que a droga não apenas atravessa a barreira hematoencefálica, mas também induz uma importante cascata de sinalização para células progenitoras neuronais e suprime a divisão de células tumorais.

Estes resultados foram confirmados em testes com modelos de ratos com glioblastoma, mostrando boa eficácia, especialmente em combinação com o tratamento padrão atual.

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Próximos passos e cuidados necessários

Atualmente, os pesquisadores preparam dois ensaios clínicos. O primeiro testará a vortioxetina como adjuvante do tratamento padrão (cirurgia, quimioterapia, radioterapia), enquanto o segundo permitirá a seleção personalizada de medicamentos para cada paciente, com base na plataforma de farmacoscopia.

A vortioxetina, por ser um medicamento amplamente disponível e de baixo custo, representa um potencial complemento ao tratamento do glioblastoma. No entanto, especialistas como o professor Michael Weller alertaram contra o uso não supervisionado da droga. A eficácia em humanos e as dosagens apropriadas ainda precisam ser confirmadas em ensaios clínicos.

fita cinza simbolizando o mês de conscientização sobre o câncer cerebral
O glioblastoma é atualmente um câncer incurável. (Imagem: jittawit.21/iStock)

Professor Snijder enfatizou ao EurekAlert! que, apesar dos resultados promissores, a vortioxetina ainda precisa ser testada em pacientes. “Até agora, só foi comprovado que é eficaz em culturas de células e em camundongos.”

Se os ensaios clínicos confirmarem a eficácia do medicamento, isso representaria um avanço significativo no tratamento do glioblastoma, oferecendo uma nova esperança aos pacientes afectados por este cancro devastador.

O que é farmacoscopia?

A farmacoscopia é o estudo da aparência e das características físicas das substâncias medicinais, com o objetivo de identificar e avaliar a sua qualidade. Esta área envolve a análise visual de medicamentos, plantas medicinais e outros compostos utilizados em farmacologia, levando em consideração aspectos como cor, forma, textura e odor. A farmacoscopia é uma ferramenta importante para garantir que os produtos atendam aos padrões de qualidade e pureza exigidos para uso terapêutico.





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