Microplásticos podem chegar ao cérebro pelo do nariz

outubro 3, 2024
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Microplásticos podem chegar ao cérebro pelo do nariz


Os microplásticos estão por toda parte, inclusive nos humanos. Trabalhos anteriores já mostraram como as partículas podem entrar em nosso corpo de três maneiras: por ingestão, respiração ou absorção pela pele – e, a partir daí, chegar a outras partes do corpo. Um estudo recente mostrou que os microplásticos também podem atingir o cérebro. E a porta de entrada pode ser o nariz.

A descoberta refuta a ideia de que o órgão central do sistema nervoso esteja isolado do resto do corpo e que a barreira hematoencefálica seja invencível na proteção de substâncias nocivas.

Pesquisa encontrou microplásticos em oito cérebros de moradores de São Paulo (Imagem: Elif Bayraktar/Shutterstock)

Microplásticos chegaram ao cérebro

O trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade Livre de Berlim (Alemanha) e da Universidade de São Paulo (USP), analisou amostras de tecidos de moradores de São Paulo que morreram e passaram por autópsias de rotina. Os médicos legistas responsáveis ​​removeram os bulbos olfativos dos cérebros e os estudaram com diversas técnicas.

Veja as descobertas:

  • Oito dos 15 bulbos olfativos continham microplásticos;
  • De acordo com um artigo de A conversahavia apenas 16 partículas no total (entre todas elas), o que pode ser tranquilizador;
  • Entre as partículas estavam esferas, fibras e fragmentos de polipropileno, náilon e outros tipos de plástico;
  • Podem ter surgido da lavagem de roupas feitas de fibras sintéticas, uma fonte significativa de microplásticos no meio ambiente.
Microplásticos
A pesquisa sobre o impacto dos microplásticos na saúde está em andamento (Imagem: estúdio Deemerwha/Shutterstock)

O ponto de entrada dos microplásticos pode ser o nariz

O mistério a ser resolvido, então, é como os microplásticos chegaram ao cérebro. Isso ocorre porque há muito se acredita que a barreira hematoencefálica, uma camada especial de células, protege o órgão contra patógenos e outras substâncias intrusivas.

O estudo indica que não é esse o caso e que a barreira possui um ponto vulnerável através do qual os microplásticos chegam ao cérebro. Essa porta de entrada, segundo o trabalho, fica no nariz, mais especificamente nos nervos olfatórios, que transportam as partículas pelo crânio diretamente até o bulbo olfatório.

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Os microplásticos são ruins?

Os resíduos plásticos se decompõem lentamente, liberando minúsculas partículas, microplásticos. Estão no solo onde os alimentos são cultivados, na água que bebemos e no ar que respiramos.

Estudos sobre o impacto deste material na saúde humana ainda estão em desenvolvimento. Algumas das descobertas iniciais – que ainda têm limitações e requerem mais investigação – mostram que os microplásticos estão ligados a uma maior probabilidade de acidentes vasculares cerebrais e ataques cardíacos, inflamação e funções imunitárias comprometidas, alterações comportamentais e uma ligação a alterações ligadas à doença de Parkinson.

A investigação actual sugere um possível novo ponto de entrada destas partículas no corpo e levanta novas questões sobre os impactos na saúde.





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