Colaboração Brasil-Itália transforma lixo em tratamento para Alzheimer

outubro 17, 2024
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Colaboração Brasil-Itália transforma lixo em tratamento para Alzheimer


Uma colaboração entre pesquisadores do Brasil e da Itália busca desenvolver novos medicamentos para o tratamento do Alzheimer a partir de resíduos industriais. Bolognesi criou o Laboratório Conjunto B2AlzD2 no Departamento de Farmácia e Biotecnologia da Università di Bologna (UNIBO), o primeiro laboratório conjunto dedicado à doença entre o Brasil e a cidade de Bolonha.

A parceria, liderada pela pesquisadora Laura Bolognesi, envolve cientistas de quatro universidades brasileiras: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de Brasília (UnB), Universidade de São Paulo (USP Ribeirão Preto) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). ).

Resíduos industriais são usados ​​como remédio contra Alzheimer. (Imagem: Fahroni/iStock)

Foco na sustentabilidade e na química verde

  • Uma das principais iniciativas do laboratório é identificar compostos com potencial para desenvolvimento de medicamentos em resíduos industriais, como o líquido da casca da castanha de caju (LCC).
  • Este óleo natural, subproduto da indústria de processamento de nozes, é rico em compostos fenólicos, que podem ser utilizados no combate ao Alzheimer.
  • Segundo Bolognesi, durante sua apresentação na FAPESP Week Itália, a integração da sustentabilidade é essencial na busca por moléculas bioativas.
  • “A utilização de resíduos como matéria-prima para o desenvolvimento de produtos farmacêuticos resulta em produtos inerentemente sustentáveis”, disse Bolognesi segundo o EurekAlerta!.
  • Além disso, o laboratório adota a abordagem “One Health”, que reconhece a interligação entre a saúde humana, animal, vegetal e ambiental, garantindo que os medicamentos não são apenas eficazes, mas também acessíveis às populações que mais deles necessitam.
caju
O líquido da casca da castanha de caju tem potencial para criar medicamentos para tratar o Alzheimer. (Imagem: olovedog/iStock)

Cooperação internacional e outras pesquisas

Luiz Carlos Dias, professor da Unicamp, também participou da discussão, apresentando o trabalho de um consórcio internacional focado na descoberta de medicamentos para doenças negligenciadas, como doença de Chagas e malária. O consórcio envolve a UNICAMP, a USP e organizações não-governamentais como a Drugs for Neglected Diseases Initiative (DNDi) e a Medicines for Malaria Venture (MMV), com apoio da FAPESP.

Dias destacou que o consórcio busca reduzir o tempo de descoberta de novos medicamentos. As substâncias são sintetizadas na UNICAMP e testadas em laboratórios brasileiros para avaliar sua atividade antiparasitária, com o objetivo de eventualmente desenvolver compostos que possam entrar em ensaios clínicos.

Desafios no combate à resistência antimicrobiana

Monica Cricca, da UNIBO, apresentou o trabalho de seu grupo no desenvolvimento de sistemas de vigilância para detecção do superfungo Candida aurisresistente a diversas classes de medicamentos e que pode causar infecções graves. A propagação do patógeno foi observada tanto na Itália quanto no Brasil durante a pandemia de Covid-19.

Ana Cristina Gales, da UNIFESP, abordou o tema da resistência antimicrobiana, reforçando a necessidade de novas soluções diante do aumento de patógenos resistentes aos tratamentos disponíveis.

Por fim, o evento contou ainda com a participação de Carmino Antonio de Souza, professor da UNICAMP e vice-presidente da FAPESP, que destacou a importância da cooperação internacional entre Brasil e Itália na área de hematologia.





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