Como é possível que uma molécula de gordura no cérebro ajude a quebrar outras gorduras e ainda assim não se destrua? Esta questão intriga os cientistas há 50 anos. Mas agora existe uma solução. Os pesquisadores descobriram como exatamente o BMP, ou bis(monoacilglicerol)fosfato, é produzido e armazenado dentro de nossas células.
A descoberta da equipa do programa de biologia celular do Instituto Sloan Kettering poderá ajudar a desenvolver novos tratamentos para doenças neurodegenerativas, como a demência frontotemporal e a doença de Alzheimer. Detalhes foram publicados em revista célula.
O começo de tudo
Os pesquisadores Tobias Walther e Robert Farese Jr. estavam estudando a demência frontotemporal (DFT), a doença com a qual Bruce Willis foi diagnosticado em 2023, há mais de 15 anos. A condição afeta as regiões frontal e temporal do cérebro, causando alterações na personalidade, no comportamento social e na linguagem.
Durante a pesquisa, eles descobriram que as pessoas com DFT tinham altos níveis de gangliosídeos, um tipo de gordura que se acumula no cérebro devido a problemas de degradação. Por outro lado, uma molécula chamada BMP (fosfato de bis monoacilglicerol) estava em níveis muito baixos em pacientes com a doença.
Intrigados, começaram a investigar essa molécula, um fosfolipídio localizado nos lisossomos, que parecia estar relacionado ao acúmulo de gangliosídeos.
A resposta à pergunta de 50 anos
- Os cientistas descobriram como a molécula BMP (bis(monoacilglicerol)fosfato), que ajuda a regular outras gorduras, é produzida no cérebro.
- Durante 50 anos, os cientistas tentaram entender como ele permaneceu estável e não se autodestruiu.
- Novas pesquisas realizadas com camundongos mostram que duas enzimas, chamadas PLD3 e PLD4, são essenciais para a produção dessa molécula.
- Essas enzimas ajudam a transformar uma substância chamada glicerol em BMP, gerando uma fórmula estável.
- Os pesquisadores também descobriram que mutações que impedem a atividade dessas enzimas resultam em níveis mais baixos de BMP.
- Curiosamente, mutações no PLD3, ligadas a uma doença neurodegenerativa rara chamada ataxia espinocerebelar 46 e que aumentam o risco de Alzheimer, também reduzem a produção de BMP.

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Nova descoberta apoia tratamentos futuros
Com base no que os pesquisadores aprenderam sobre a BMP, eles começarão a estudar como ela pode estar relacionada a outras doenças que afetam o cérebro. Embora não tenham pensado em tratamentos, é possível que futuramente sejam desenvolvidos com base nas descobertas.
Tobias Walther explica, em declaração do Instituto Médico Howard Hughes, que este trabalho mostra a importância da pesquisa básica.
Foi um processo que exigiu esforço e um pouco de sorte para chegar até aqui. Ainda há muitas descobertas importantes esperando para serem feitas.
Tobias Walther
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