Wolverine é um dos heróis mais importantes da ficção. Um símbolo da cultura pop – personagem que atuou em filmes, séries, desenhos animados, animações, quadrinhos e jogos. Apesar de toda a sua fama, muita gente não sabe que o principal poder mutante deste colosso da Marvel não são suas garras de adamantium, mas sim seu fator de cura. Na verdade, ele só sobreviveu à cirurgia que cobriu todos os seus ossos com metal graças a essa habilidade.
Talvez seja por isso que Wolverine é tão popular: seu poder não está tão longe da realidade. Ele não dispara rajadas ópticas com os olhos, nem se teletransporta – muito menos cospe fogo, gelo ou eletricidade com as mãos. O Wolverine, assim como eu e você que está lendo este texto agora, pode curar o próprio corpo. A diferença é que ele faz isso num piscar de olhos. Nós não.
Os seres humanos têm uma capacidade notável de curar-se quando feridos. Ao raspar o joelho, por exemplo, forma-se uma crosta de plaquetas e, dias depois, surge uma pele totalmente nova no local da lesão. Isso acontece em outras partes do nosso corpo. Um corpo que tem até a capacidade de calcificar uma fratura óssea!
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Tudo, porém, tem um limite. Ou tinha. Uma pesquisa realizada no Reino Unido acaba de ultrapassar essa linha. Cientistas da Universidade de Nottingham desenvolveram implantes feitos a partir do nosso próprio sangue que são capazes de melhorar o processo de regeneração natural do nosso corpo.
- Esses implantes simulam tecidos corporais.
- Quando nos machucamos, nosso sangue forma uma estrutura sólida chamada hematoma regenerativo (HR).
- O que os cientistas britânicos fizeram foi criar um RH melhorado.
- Só que, em vez de fazer um sangue completamente sintético do zero, eles usaram sangue real e aprimoraram suas propriedades curativas com peptídeos anfifílicos (que são proteínas usadas na regeneração).
- Esse RH ganhou estrutura física passando por uma impressora 3D.
- Segundo os pesquisadores, além de recrutar células cicatrizantes e gerar fatores de crescimento, esse material também é de fácil manipulação.
- Os primeiros experimentos foram realizados em ratos de laboratório.
- Os cientistas removeram fragmentos ósseos da região do crânio dos pequenos animais.
- Roedores que receberam curativo padrão (e artificial) tiveram uma taxa de recuperação de 50%.
- A taxa de sucesso aumentou para 62% com o curativo à base de sangue.
- Finalmente, dos membros do grupo de controlo, aqueles que não receberam tratamento, apenas 30% recuperaram.
Futuro promissor
A equipe pretende continuar os estudos e realizar experimentos em seres humanos no futuro.
Para um dos autores da pesquisa, Dr. Cosimo Ligorio, o desenvolvimento de um material como esse pode revolucionar diversos tipos de tratamento – principalmente em termos de preço:
“O sangue é praticamente gratuito e pode ser facilmente obtido de pacientes em volumes relativamente elevados”ele explicou.
“Nosso objetivo é estabelecer um kit de ferramentas que possa ser facilmente acessado e usado em um ambiente clínico para transformar de forma rápida e segura o sangue dos pacientes em implantes regenerativos ricos, acessíveis e ajustáveis.”concluiu o pesquisador.
Você pode ler o estudo na íntegra na revista Materiais Avançados.
As informações são de Novo Atlas.
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