Spray nasal contra Alzheimer: estudo faz avanço no tratamento

novembro 27, 2024
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Spray nasal contra Alzheimer: estudo faz avanço no tratamento


O Olhar Digital já demonstrou um novo método promissor de combate à doença de Alzheimer. O spray nasal tem sido foco de diversos estudos. Agora, os pesquisadores descobriram que usar o tratamento para atingir um alvo específico por trás da doença pode ajudar a reduzir o declínio cognitivo e os danos cerebrais.

O experimento realizado pela Università Cattolica e pela Fondazione Policlinico Universitario A. Gemelli IRCCS foi publicado na revista Anais da Academia Nacional de Ciências.

Uma nova meta para combater o Alzheimer

Durante as autópsias, os pesquisadores descobriram uma quantidade excessiva de uma enzima chamada S-aciltransferase no cérebro de pessoas com Alzheimer. Essa enzima é responsável por uma reação bioquímica chamada “S-palmitoilação”, que altera proteínas como beta-amilóide e tau, associadas à doença. O acúmulo dessas proteínas no cérebro torna-se tóxico para os neurônios, causando a doença.

Análises posteriores associaram a enzima a um pior desempenho cognitivo. É provável que quando essa reação bioquímica não aconteça de maneira correta, a função cerebral seja afetada, contribuindo para o desenvolvimento do Alzheimer.

Em estudos anteriores, a equipe também mostrou a relação entre diabetes tipo 2 e declínio cognitivo. Isso ocorre porque a resistência à insulina pode aumentar a quantidade de enzimas zDHHC, que alteram o processo de S-palmitoilação, prejudicando funções cerebrais. Portanto, a doença de Alzheimer é frequentemente chamada de “diabetes tipo III”.

O spray nasal para combater o Alzheimer é um dos medicamentos experimentais mais promissores da área – Créditos: Gabriel Sérvio/Imagem criada por DALL-E

As descobertas levaram os cientistas a considerar as enzimas zDHHC e S-aciltransferase como alvos potenciais para o tratamento da doença de Alzheimer.

Leia mais:

  • Em experiências com ratos, a inibição da palmitoilação da proteína S demonstrou ser eficaz no retardamento da progressão do declínio cognitivo.
  • Além disso, neutralizou o acúmulo de proteínas tóxicas no cérebro.
  • Outros testes usaram o medicamento experimental “2-bromopalmitato” em spray nasal para desativar as enzimas zDHHC.
  • A aplicação reduziu a neurodegeneração, os sintomas e até prolongou a vida dos animais.
  • Ou seja, parece que o alvo foi bem escolhido e o uso do medicamento em spray está funcionando.
Alzheimer
Atacar outros alvos por trás do Alzheimer provou ser uma estratégia eficiente – Imagem: Orawan Pattarawimonchai/Shutterstock

A pesquisa continua

Embora promissor, o medicamento 2-bromopalmitato, utilizado em pesquisas, ainda não é suficientemente preciso. No entanto, os cientistas continuam a explorar novas abordagens que poderiam ser aplicadas para melhorar o tratamento.

Uma delas envolve a utilização de “patches genéticos”, que são pequenos fragmentos de RNA capazes de se ligar ao RNA da enzima zDHHC7, impedindo sua produção. Outra possibilidade é a utilização de proteínas desenvolvidas em laboratório para bloquear a atividade da enzima, interrompendo o processo que afeta o funcionamento do cérebro no Alzheimer.





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