Não, o título não está errado. Existem algumas lagartas capazes de ferir gravemente um ser humano. Em casos extremos, esta lesão pode levar à morte. São muito poucos, é verdade – apenas cerca de 2%, segundo especialistas da área. O veneno dessas espécies, entretanto, é poderoso e comparável ao veneno de alguns tipos de cobras.
E onde a Medicina se enquadra nessa história?, você deve estar se perguntando. A relação entre o veneno da lagarta e os avanços na área foi levantada pelo professor Andrew Walker, biólogo evolucionista e bioquímico da Universidade de Queensland, na Austrália.
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Walker está realizando pesquisas sobre o tema e há algumas semanas publicou um artigo científico na revista Revisão Anual de Entomologia.
Sua tese tem como linha de raciocínio o fato de que venenos de outros animais ajudaram a ciência a desenvolver e evoluir medicamentos.
Ele citou o caso de medicamentos para pressão arterial e anticoagulantes inspirados em veneno de cobra. Ele também explicou que os medicamentos semaglutídeos da moda (como Ozempic e Wegovy) eram baseados em uma molécula extraída de um lagarto venenoso: o monstro Gila.
E como a lagarta entraria nessa história?
- Como já dissemos, o veneno de algumas espécies de lagartas lembra o das cobras.
- É o caso das taturanas sul-americanas do gênero Lonomia.
- A substância que liberam tem um poder tóxico capaz de interferir na coagulação do sangue.
- Outras espécies possuem venenos que causam problemas inflamatórios crônicos e duradouros, e algumas até causaram abortos espontâneos em cavalos.
- Walker ressalta que a maioria dos venenos de lepidópteros (borboleta e mariposa) causa dor, às vezes intensa o suficiente para exigir analgésicos opioides.
- Isso permite que os pesquisadores usem o veneno como uma espécie de sonda para identificar vias de dor no corpo.
- Este processo pode levar a novos medicamentos – ou à melhoria de medicamentos já existentes.
- Vale ressaltar que a pesquisa do australiano é quase inédita.
- Existe uma extensa bibliografia sobre venenos de cobras, aranhas e escorpiões, por exemplo.
- Mas pouco se sabe sobre lagartas e taturanas.
- Segundo a bióloga, estamos diante de um “tesouro” pronto para investigação.
Lagarta mortal da América do Sul???
Bem, você provavelmente não foi a única pessoa a se preocupar com as mortais taturanas sul-americanas… precisamente porque vivemos neste continente. E, sim, o Brasil abriga algumas dessas espécies.
Fiz algumas pesquisas e fiquei surpreso com o fato do Instituto Butantan produzir um soro para tratar lesões de insetos. O laboratório é, na verdade, o único no mundo que faz esse tipo de trabalho.

As lagartas mais perigosas são do gênero Lonomiaespecialmente aqueles cujos corpos estão cobertos de “espinhos”. Segundo o Butantan, eles podem atingir entre 6 e 7 centímetros de comprimento, têm coloração marrom-esverdeada e costumam viver em grupos.
O conselho dos especialistas é que você consulte um médico caso toque em algum desses animais. Os sintomas são dor forte e imediata com sensação de queimação. Após algumas horas sem tratamento, os sintomas podem evoluir para mal-estar, vômitos, sangramento nas gengivas e na urina, além de manchas escuras pelo corpo.
Você pode saber mais acessando o site oficial do Instituto. Confira também este vídeo do Butantan, que traz relato da jornalista Sandra Annenberg, que pisou em uma taturana gigante e precisou de atendimento médico:
As informações são de Revista Conhecível.
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