A pressão para reduzir as emissões de carbono dos transportes chegou ao transporte marítimo. A tarefa é complicada por alguns motivos, entre eles as longas distâncias percorridas e o gasto de energia que essas embarcações precisam para se movimentar com tanto peso.
Pesquisadores da Universidade de Miami optaram por uma abordagem que poderia permitir navios de carga mais sustentáveis: velas cilíndricas gigantes.
A navegação também teve que inovar
O aumento dos preços dos combustíveis e a pressão para reduzir as emissões de carbono provenientes dos transportes também pressionaram o sector dos transportes marítimos. Uma das opções para tornar as embarcações mais sustentáveis é a adoção de velas.
Porém, as velas tradicionais também enfrentam problemas neste caso: essas estruturas exigem tripulações enormes, que não se adequam ao ambiente dos navios cargueiros e são totalmente dependentes do vento. Ou seja, dependendo da rota ou das condições climáticas, o navio não avançará.
Os motores de combustível fóssil não só se tornaram a melhor opção, mas também os mais seguros para garantir que os navios completem a sua missão.
Diante da pressão para descarbonizar, uma equipe da Universidade de Miami criou um sistema de velas cilíndricas eficientes que não dependem inteiramente do vento.
Velas cilíndricas são solução para reduzir emissões na navegação
A abordagem escolhida foi uma variante dos rotores Flettner da década de 1920. Novo Atlasestes são grandes cilindros giratórios que produzem impulso aerodinâmico em ângulo reto com o ar que passa sobre eles.
A invenção sustentável para navegação foi chamada de CoFlow Jet e apresenta algumas diferenças:
- Eles não giram, mas sugam o ar do vento que sopra através deles e o envia para outras partes do cilindro;
- Ao sugar o vento, o cilindro o pressuriza por meio de um impulsor e o esguicha de volta pela saída;
- Esse desequilíbrio de pressão causado pela entrada e saída do vento gera empuxo, que se estende ao longo do comprimento do cilindro e gera um sistema de propulsão do vento.
Segundo GeCheng Zha, professor de engenharia aeroespacial e diretor do laboratório responsável pela invenção, esse sistema é eficaz e pode fornecer 100% do empuxo necessário para movimentar a nave.
Como não há peças rotativas, como no modelo Flettner original, há uma redução de combustível de 50% para navios cargueiros de grande porte e de 90% para os pequenos. Consequentemente, há uma redução nas emissões de carbono.
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Solução para reduzir emissões pode ser adaptada para outros navios
O modelo não é tão eficiente quanto as velas comuns, que movimentam as embarcações apenas com a força do vento. No entanto, maximiza o poder da natureza sem depender totalmente dela.
Zha destaca que a propulsão assistida pelo vento já é uma alternativa eficiente aos motores a diesel, como os dos navios de carga, e pode ajudar a reduzir as emissões totais do transporte marítimo e da indústria naval.
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